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Censo do IBGE mostrou ainda que pessoas com deficiência têm menos acesso à educação. Cerca de 60 mil pessoas têm algum tipo de deficiência. Pessoas com deficiência tem maior índice de analfabetismo
Paulo Pinto/Agência Brasil
O panorama do Censo 2022 apontou que das mais de 830 mil pessoas que moram no Acre, há mais de 60 mil com deficiência (ou seja, 7,3% da população acreana). Desse total, 18 mil são analfabetas, o correspondente a 30,71%.
Os dados colhidos e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestam que o percentual de pessoas com deficiência que não sabem ler e escrever é o maior da região Norte.
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Na região Norte, 22,98% da população com deficiência é analfabeta. A título de comparação, entre as pessoas não-deficientes, o percentual de analfabetos é bem menor: 6,49%.
No Acre, essa disparidade é ainda maior, já que entre as pessoas sem deficiência, apenas 9,57% são analfabetos.
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Ainda observando a região Norte, o Tocantins fica em segundo lugar, com 28,27% de pessoas deficientes e analfabetas. Em terceiro, com 23,22%, está o Pará e em quarto lugar, Rondônia, com 21,44% de analfabetos. Veja o gráfico abaixo:
A pesquisa mostrou também que 67,13% das pessoas que tem deficiência não tem instrução ou tem o ensino fundamental incompleto. Apenas 7,83% dos deficientes tem o ensino superior completo.
Os brasileiros com deficiência são mais de 14 milhões — 7% da população total. A maioria tem deficiência visual e mais de 5 milhões têm deficiência de mobilidade. Pela primeira vez no Censo, o IBGE perguntou sobre autismo.
O Brasil tem 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista.
Censo Demográfico 2022
O Censo Demográfico é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.
De acordo com o IBGE, os primeiros resultados do Censo 2022 apresentam as informações básicas sobre totais populacionais e de domicílios no país, em diferentes níveis geográficos.
Na pesquisa, o censo visitou 106,8 milhões de endereços do Brasil, espalhados em 8,5 quilômetros quadrados.
Em 2010 tinham sido visitados 67 milhões de domicílios no país. Em 2022, o número chegou a 90,6 milhões, um aumento de 34%.
Conforme o Censo, o Brasil tem 203.062.512 residentes. Em 2010, o país tinha 190.755.799 moradores.
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