Cantora canadense se apresentou neste sábado (29) de Lollapalooza. Ela não se arrisca cantando, mas manda muito bem nas coreografias. Tate McRae canta ‘Sports Car’ no Lollapalooza 2025
Era apenas a quarta música de sua estreia no Brasil, neste sábado (29) de Lollapalooza, e Tate McRae já tinha berrado “WHAT?” pelo menos dez vezes. Gritar “o quê?” durante as canções foi apenas uma das formas de tapear o que agora podemos confirmar: como cantora, Tate é uma excelente dançarina.
Como assistir aos shows? Clique aqui para ver no Globoplay. Ou aqui para ver em 4K
TEMPO REAL: Acompanhe tudo o que acontece no Lollapalooza 2025
Tate coloca seu 1,72m para jogo na dança, mas não se arrisca tanto cantando. Mesmo assim, entrega uma performance divertida e básica. Quem é fã de pop amou. Quem é um pouco mais exigente na hora de declarar seu amor por uma diva pop, no entanto, ficou decepcionado.
Tate quer ser do primeiro time do pop mundial ou uma querida cantora mediana apaixonada por pop dos anos 2000 e Britney Spears? Se a resposta for a primeira opção, talvez precise se esforçar mais.
Todo show pop de respeito tem pelo menos um bloco em que a cantora mostra que é cantora. Sem dancinha, sem playback, sem firula, ela vai lá, pega um violão, senta ao piano e prova o que todo mundo quer saber: sim, ela canta muito. Estou esperando esse momento do show da Tate até agora.
“Esperei minha vida inteira para cantar no Brasil, ouvi dizer que vocês são muito barulhentos”, ela avisou, ainda no começo, depois de abrir com seu hit atual “Sports car”.
Antes da balada existencial “You broke me first”, dos tempos em que era chamada de Billie Eilish canadense, ela voltou a falar. “Minha primeira fan page foi a Tate McRae Brazil e… meu Deus, você está aí”, comentou, apontando fãs na grade.
Nessa e em outras música mais lentas, ela até que se apresenta como uma cantora razoável. No geral, porém, tem dificuldade de se dividir entre danças bem coreografadas e a parte vocal.
É de se esperar um show tão focado em coreografias. Aos 13 anos, Tate ficou em terceiro lugar no “So You Think You Can Dance”, um famoso reality de dança da TV americana.
Alguns anos depois, a pequena Tate estava animada com um provável futuro como uma dançarina de alguma popstar. Mas ela se viu com um caminho traçado para ser ela mesma uma popstar, com três álbuns, alguns semi hits e um grande sucesso do TikTok.
É o caso do pop eletrônico “Greedy”, que chegou na parte mais alta das paradas do streaming, inclusive no Brasil. Deixada para o final, a versão ao vivo escancara o ponto alto do show (a dança) e o ponto fraco (o vocal). É uma avaliação simplista, mas que resume a popstar que Tate é hoje.
Cartela resenha crítica g1
g1