Censo aponta que 9% da população do AM veio de outros estados
O Amazonas continua atraindo pessoas de outros estados em busca de oportunidades, mas também tem registrado um número crescente de moradores que deixam o estado para viver em outras regiões, especialmente no Sul do país. Os dados são do Censo 2022, realizado pelo IBGE.
O levantamento aponta que 9% da população do Amazonas é composta por migrantes. Isso representa cerca de 387 mil, dos 4,3 milhões de habitantes no estado.
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Diárcara Ribeiro e José Matias Oliveira, naturais de Minas Gerais, vivem em Manaus desde 2008. Eles chegaram ao estado em busca de trabalho e hoje administram dois restaurantes. O início foi simples: uma churrasqueira e quatro frangos assados.
“Eu era jornalista, ele trabalhava com fogos pirotécnicos. Decidimos vender frango assado e começamos com uma churrasqueira e quatro frangos”, conta Diárcara.
Durante a pandemia, o casal percebeu o alto custo do transporte de alimentos e decidiu investir em uma frota própria.
“Vimos que o transporte estava muito caro e resolvemos montar nossa frota”, explica Matias.
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Diárcara Ribeiro e José Matias Oliveira se mudaram de Minas Gerais para o Amazonas em 2008 e investiram em restaurante.
Rede Amazônica
Segundo o IBGE, os principais grupos de migrantes no estado são:
Pará – 152.510
Maranhão – 27.969
Acre – 27.044
Ceará – 25.762
Rondônia – 21.988
Minas Gerais – 6.205
Em municípios como Apuí, metade da população (50,06%) é formada por pessoas que vieram de outros estados. Presidente Figueiredo (27,43%) e Rio Preto da Eva (21,56%) também têm presença significativa de migrantes.
🔄 Quem saiu do Amazonas
O Censo também identificou um fluxo migratório de saída. Muitos amazonenses se mudaram para estados vizinhos:
O Pará recebeu o maior número de ex-moradores do Amazonas, com 44.233 pessoas. Rondônia aparece em seguida, com 35.991 amazonenses. Já Roraima contabilizou 29.223 migrantes vindos do Amazonas, enquanto o Acre recebeu 27.947.
A região Sul tem se destacado como destino de ex-moradores do Amazonas. Entre 2010 e 2022, o número de amazonenses nesses estados cresceu significativamente:
Pessoas que saíram do Amazonas
A família de Rafael Amorim sabe bem como são essas transições pelo país. Ele é paulista, o irmão é paraense e o pai, baiano. Após investir em uma empresa de cabos no Pará, abriram uma filial no Amazonas e, mais recentemente, em Boa Vista.
“O Amazonas é uma terra de oportunidades. Meus filhos nasceram aqui e fomos muito bem recebidos.”
Centro de Manaus
Divulgação