O levantamento feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), aponta que o estado lidera com 40% da área desmatada. Imagem aérea de sobrevoo de monitoramento de desmatamento na Amazônia no município de Lábrea, Amazonas, realizado em 26 de março de 2022
Greenpeace/Divulgação
O Amazonas é o estado que mais desmatou a Amazônia em abril deste ano, revelou um estudo feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado nesta quinta-feira (29). O levantamento, feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), aponta que o estado lidera o ranking com 40% de área desmatada.
O SAD realiza o monitoramento da região por satélites desde 2008, considerando o chamado “calendário do desmatamento”, que vai de agosto a julho do ano seguinte.
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O monitoramento indicou que o Amazonas teve 93 quilômetros quadrados da Amazônia desmatados. O município que mais teve registro de desmatamento foi Lábrea, no sul do estado com 32 quilômetros quadrados de floresta devastada. Outras três cidades do Amazonas compõe o ranking que indica que os 10 municípios com as maiores áreas desflorestadas.
🌳Apuí: 22 km²
🌳Maués: 15 km²
🌳Manicoré: 7 km²
No mesmo período de 2024 o estado teve 52 quilômetros quadrados de área desmatada. Em comparação a este ano, houve um aumento de 78%. O desmatamento detectado em abril de 2025 também ocorreu em outros estado do Norte e do Centro-Oeste:
🌳Mato Grosso (38%),
🌳Pará (11%),
🌳Tocantins (3%),
🌳Roraima (3%),
🌳Acre (2%),
🌳Rondônia (2%)
🌳Maranhão (1%).
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Geografia do desmatamento
O Imazon aponta que 84% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (12%), Unidades de Conservação (4%) e Terras Indígenas (menos de 1%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 25 quilômetros quadrados em abril de 2025, o que representa uma redução de 96% em relação a abril de 2024, quando a degradação detectada foi de 696 quilômetros quadrados. Em abril de 2025, a degradação foi detectada no Pará (64%), Amazonas (16%), Roraima (16%) e Mato Grosso (4%).
Queimadas e desmatamento na Amazônia