Haddad defendeu, porém, que a rejeição do parlamento ao aumento do IOF acabou sendo favorável para que se busque um ajuste mais estrutural para o ajuste das contas públicas brasileiras – ou seja, uma solução de médio e longo prazos.
“Solução estrutural é a melhor possível. Para mim, foi muito bom. Sofro bastante no cargo, mas tenho essas alegrias de olhar uma brecha para encontrar soluções mais estruturadas. Não tem sido fácil para nenhum ministro da Fazenda, mas gosto de onde estou. Sobretudo se conseguirmos chegar na outra margem com uma situação mais estruturada”, afirmou o ministro em evento da revista ‘Piauí’.
Haddad deve apresentar a Lula nesta terça pacote para substituir alta do IOF: ‘Dá uma estabilidade duradoura para as ‘contas’
A elevação do IOF foi proposta, há duas semanas, como uma forma de aumentar a arrecadação federal e garantir o cumprimento das metas em 2025. A medida, no entanto, foi mal recebido tanto pelo mercado quanto pelo Congresso.
Mais cedo, o ministro da Fazenda informou que apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta terça-feira (3) um pacote de medidas para substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A expectativa é que o anúncio aconteça ainda hoje.
Ele explicou que as propostas foram acordadas com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, e buscam não apenas promover um ajuste em 2025, mas também no médio e longo prazos.
“Para garantir um ambiente político de qualidade, nós precisamos de reformas estruturais. O Congresso pediu, a Fazenda organizou, apresentou. Obviamente que isso vai depender agora de uma avaliação dos partidos políticos, mas só o fato de termos o aval do presidente das duas Casas já é uma coisa muito significativa”, afirmou Haddad nesta terça.
Ministro da Fazenda Fernando Haddad disse hoje que o governo pode fazer ajustes no decreto que aumentou o IOF, o imposto sobre operações financeiras