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Artista recuperou pintura de Paixão Cortes, de sua autoria, que foi atingida pela enchente de maio de 2024. Obra ficou 45 dias submersa. O artista visual Eduardo Kobra voltou a Porto Alegre nesta terça-feira (22) para restaurar um mural pintado por ele há dois anos que foi atingido pela enchente de 2024. De acordo com o grafiteiro, a arte de 10 metros de altura teve cerca de 1,9 metros danificados pela água. O restauro foi concluído ainda na terça-feira (22).
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“Houve danos significativos. Até 1,60 metros, 1,90 de altura, deteriorou completamente. Mas a parte de cima também, porque acabou pegando muita umidade. Então, todo painel está sendo restaurado”, explica.
Artista visual Kobra restaura mural atingido pela enchente em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
A obra
O mural em homenagem ao folclorista Paixão Côrtes (1927-2018) está instalado em uma parede na região da cidade conhecida como Quarto Distrito, uma das mais afetadas pela enchente de maio do ano passado. As marcas no bairro, onde a água chegou a quase 2 metros de altura, ainda são visíveis. A pintura ficou 45 dias submersa.
Esta é a primeira obra aberta ao público do muralista paulista em Porto Alegre. Kobra já havia pintado uma parede de um colégio particular com o rosto do poeta Mario Quintana.
A parede em que o mural foi feito faz parte do galpão que abrigava a sede da antiga Companhia Fábrica de Vidros Sul-Brasileira, empresa que se instalou no local entre 1928 e 1959. O prédio está sendo restaurado e deve receber um complexo multiuso. Foi a construtora responsável pelo restauro que pagou pela obra.
Veja como o mural estava durante a enchente e como ficou depois do restauro:
Obra do artista visual Eduardo Kobra foi atingida pela enchente em Porto Alegre
Arquivo Pessoal
Artista visual Eduardo Kobra restaura obra atingida pela enchente em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
Quem foi Paixão Côrtes
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes nasceu em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, no dia 12 de julho de 1927. Era agrônomo, mas se tornou conhecido como folclorista, radialista e pesquisador, considerado um dos maiores nomes do tradicionalismo no Rio Grande do Sul.
Ele serviu de modelo para a estátua do Laçador, monumento que homenageia o gaúcho na entrada de Porto Alegre.
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