
Durante encontro na manhã desta quarta-feira (12), órgãos competentes escolheram manter legislação e intensificar a fiscalização nas zonas já regulamentadas da cidade após série de acidentes na capital. Veículos pesados em Zona Máxima de Restrição em Manaus.
Divulgação/IMMU
A possibilidade de ampliar as restrições ao tráfego de veículos pesados em Manaus após uma série de acidentes registrados na capital nos últimos meses foi rejeitada durante uma reunião na terça-feira (11), na sede da Suframa. Durante o encontro, foi definido que a fiscalização deve ser aumentada, mas a legislação atual será mantida.
Participaram da reunião representantes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), das empresas administradoras dos portos privados da capital, Grupo Chibatão e Super Terminais, além de representantes da Suframa.
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Segundo o IMMU, os órgãos de fiscalização de trânsito apresentaram um estudo levantado a possibilidade de ampliar as áreas de restrição de tráfego de carretas na capital amazonense . No entanto, a possibilidade foi rejeitada pelos representantes do setor industriário.
De acordo com a Suframa, a imposição de novas restrições poderia prejudicar o fluxo de carga no Polo Industrial de Manaus (PIM) e causar danos econômicos à cidade.
Atualmente, a cidade restringe a circulação de veículos pesados em algumas ruas do Centro e grandes avenidas, como Djalma Batista e Mário Ypiranga de segunda a sexta. Nesses locais, as carretas e caminhões com até oito toneladas podem circular no horário das 6h às 9h. Já os caminhões com até 16 toneladas podem circular das 9h às 20h.
Apesar da legislação, no ano passado, cerca de 400 mil autuações foram realizadas a veículos pesados, após constatação de irregularidades.
“Embora os acidentes envolvendo carretas sejam estatisticamente poucos, eles costumam resultar em vítimas fatais. Muitas vezes, esses acidentes são causados pela falta de condições adequadas dos veículos ou falhas nos equipamentos, como o uso incorreto do locker no contêiner”, afirmou o diretor-presidente do IMMU, Arnaldo Flores, durante a reunião.
Recentemente, um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou uma carreta transportando um contêiner solto no Distrito Industrial, Zona Sul da cidade, gerando medo entre motoristas. Em setembro do ano anterior, próximo ao Porto Chibatão, também na Zona Sul, uma carreta tombou e esmagou um carro, causando a morte do condutor
Aumento de fiscalização
Com a decisão de não ampliar as restrições, os órgãos competentes escolheram intensificar a fiscalização nas zonas já regulamentadas da cidade, especialmente nas áreas portuárias. Além disso, os portos privados de Manaus firmaram um compromisso com o IMMU para realizar fiscalizações também dentro dos pátios dos portos.
Outra ação firmada na reunião envolve a criação de um espaço no Distrito Industrial, cedido pela Suframa, para o parqueamento de veículos pesados apreendidos durante as fiscalizações. As empresas Chibatão e Super Terminais também aderiram à iniciativa, oferecendo dois cavalos mecânicos para auxiliar na remoção dos veículos, facilitando as operações de fiscalização.
A próxima etapa do diálogo ocorrerá no dia 26 de março, durante a Reunião Ordinária de Diretoria do Cieam, quando o IMMU vai apresentar o projeto “Condutor Consciente”, voltado para a capacitação dos motoristas carreteiros e a conscientização das empresas contratantes sobre as boas práticas no trânsito.
Carreta com contêiner solto é flagrada no trânsito de Manaus