Aumento da obesidade infantil é apontado como um importante fator para o avanço da diabetes
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Um em cada três adolescentes de 10 a 19 anos no Rio Grande do Norte tem excesso de peso. O dado faz parte de um levantamento da ImpulsoGov, feito a partir do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), que mostra a evolução do sobrepeso e da obesidade em crianças e adolescentes no Brasil entre 2014 e 2024.
No estado, 35% dos adolescentes estavam acima do peso em 2024, contra 25% em 2014. O aumento foi de dez pontos percentuais em uma década, colocando o RN entre os estados que mais cresceram no período, ao lado de Rondônia e Ceará.
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Na capital, Natal, 36,4% dos adolescentes têm excesso de peso, o que representa 4.927 jovens nessa condição. O percentual supera tanto a média estadual quanto a nacional, que foi de 32% em 2024.
Em Parnamirim, o índice é de 35,3%, com aproximadamente 1.302 adolescentes acima do peso. Já Mossoró registra 37,5%, equivalente a 1.964 adolescentes.
Em cidades menores, como Acari, o percentual chega a 37,7%, enquanto em Assú é de 33,0%. O levantamento mostra que, apesar de diferenças entre municípios, o excesso de peso atinge todas as regiões do estado.
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Municípios do RN com maiores índices de obesidade adolescente
Augusto Severo – 53,8%
São José do Seridó – 51,5%
Ouro Branco – 48,2%
Santana do Matos – 46,4%
São Rafael – 45,6%
Timbaúba dos Batistas – 45,3%
Pendências – 45,2%
Tibau – 45,0%
São Fernando – 44,8%
Felipe Guerra – 44,7%
Lajes Pintadas – 44,5%
Carnaúba dos Dantas – 43,8%
Tenente Laurentino Cruz – 43,2%
Jardim de Piranhas – 43,1%
Umarizal – 43,1%
Paraú – 42,5%
Ipanguaçu – 42,1%
Governador Dix-Sept Rosado – 42,1%
Rio do Fogo – 41,2%
Alto do Rodrigues – 41,2%
Enquanto os índices entre adolescentes cresceram, a realidade foi diferente entre as crianças menores de cinco anos. No RN, o percentual de excesso de peso caiu de 22% em 2014 para 18% em 2024. Apesar da redução, o estado segue entre aqueles com percentuais mais elevados no país para essa faixa etária.
Hábitos alimentares
O levantamento indica que os hábitos alimentares da população jovem potiguar refletem a média nacional. Oito em cada dez adolescentes consomem alimentos ultraprocessados. O consumo de bebidas adoçadas chega a 64%, e 61% fazem refeições em frente à televisão, computador ou celular.
Mesmo com a presença desses padrões, a base da alimentação tradicional permanece: 82% dos adolescentes consomem feijão, 74% frutas e 70% verduras ou legumes.
A pesquisa também aponta que a desnutrição entre adolescentes potiguares permanece em 4% desde 2014. Entre crianças de até 5 anos, a taxa caiu de 7% para 5% no mesmo período.
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