Homem teve pena de 1 ano e 2 meses. Reclusão foi substituída por prestação de serviços à comunidade. Militar é investigado também por cometer ato do mesmo cunho contra colega grávida em 2024. Homem foi condenado por importunação sexual
Rafael Aleixo/g1
Um soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM) que integrava o Grupo Tático Aéreo (GTA) foi condenado a 1 ano e dois meses de reclusão por importunar sexualmente uma jovem de 22 anos. O acusado treinava a vítima para o Teste de Aptidão Física (TAF) da Polícia Militar, em 2022.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp
Segundo a decisão, a pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade. Segundo as investigações, o bombeiro chamou duas alunas, que são primas, para receberem massagens e serviços de alongamento. As duas teriam ido até a casa do homem após ele oferecer uma carona.
As duas acusaram o homem de tocá-las nas partes íntimas durante a massagem, mas em juízo, foi considerado que havia provas suficientes para a condenação do homem pelo ato cometido contra apenas uma das mulheres.
Em depoimento, uma das vítimas alegou que teve medo de reagir por ele ser um militar. A mulher denunciou o crime dias depois, e chegou a pegar uma carona com o acusado após os fatos.
“Ressalto que o fato da vítima não ter falado do crime no momento ou quando estava no veículo, bem como ter demorado dias para registrar a ocorrência, não prova a inocência do acusado e má-fé da vítima. Pensar desta forma, seria puni-la pelo fato praticado e comprovado nestes autos sob a égide do contraditório, o que macularia o princípio da Dignidade da Pessoa Humana”, disse em um trecho da decisão a juíza Délia Ramos, da 4ª Vara Criminal do Amapá.
A prática foi negada pelo acusado durante o interrogatório. O homem disse em sua defesa que a relação com os alunos sempre foi profissional.
Ainda em depoimento, o homem disse acreditar que a acusação em seu desfavor teria sido movida por ciúmes, devido à orientação sexual das vítimas. O acusado disse que as primas supostamente teriam envolvimento amoroso.
“A negativa do acusado […] não encontra amparo nos autos. Não foi comprovado por nenhum meio de prova, salvo seu interrogatório, no qual pode sustentar a versão que quiser em sede de autodefesa, que as vítimas pudessem ter algum desafeto contra ele para imputar-lhe falso crime”, destacou a acusação no processo.
Outras acusações
7º Grupamento Bombeiro Militar – Oiapoque
GEA/Divulgação
O mesmo homem foi preso em flagrante acusado de estuprar uma colega de corporação grávida de 5 meses no município de Oiapoque, em 2024. Crime aconteceu dentro de um alojamento do Corpo de Bombeiros Militar (CBM).
À mulher, ele contou que era massoterapeuta e fazia massagem em grávidas. A vítima foi até o quarto do acusado emprestar um lençol a ele, neste momento, o homem ofereceu novamente os serviços de massagem. Ele disse que iria até o alojamento da militar realizar o procedimento.
A vítima comunicou imediatamente ao oficial de serviço que ao receber a massagem, o homem passou a mão e a língua em suas partes íntimas. A mulher foi levada ao hospital para atendimento médico.
Violência contra mulher: como pedir ajuda
📲Siga as redes sociais do g1 Amapá e Rede Amazônica: Instagram, X (Twitter) e Facebook
📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Amapá
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá: