O Profissão Repórter desta terça-feira (11) acompanhou de perto o Kumbh Mela, que reúne mais de 400 milhões de peregrinos na cidade de Prayagraj, no norte da Índia. Edição de 11/03/2025
O Profissão Repórter desta terça-feira (11) acompanhou de perto o Kumbh Mela, maior festival religioso do mundo, que reúne mais de 400 milhões de peregrinos na cidade de Prayagraj, no norte da Índia.
O evento, que também é conhecido por reunir a maior concentração de pessoas da história, acontece a cada 12 anos. A edição de 2025 é ainda mais especial: só ocorre a cada 144 anos, quando o Sol, a Lua e Júpiter ficam alinhados no céu.
A reportagem mostrou os desafios para chegar ao festival. Trem, carro, tuk-tuk, caminhão e até barco foram necessários para viajar junto com a multidão e chegar ao ponto principal do evento, onde fica o encontro dos três rios sagrados: Ganges, Yamuna e Saraswati. Saiba mais abaixo.
Trens superlotados
Peregrinos enfrentam superlotação e tumulto em trens a caminho do Kumbh Mela, na Índia
A viagem de trem de Nova Délhi a Prayagraj dura cerca de oito horas, mas a equipe precisou mudar de estação após ser informada por um policial que os vagões estavam superlotados. Para chegar ao outro ponto de embarque, usaram o transporte mais popular da Índia: o tuk-tuk.
Já no vagão, a reportagem flagrou passageiros sentados no chão, falta de fiscalização e gente disputando espaço nos corredores. Os assentos da equipe também foram ocupados.
Passageiros sentados no chão de trem lotado na Índia
Reprodução/TV Globo
A equipe decidiu desembarcar na cidade de Kampur, quando ainda faltavam duas horas para chegar ao destino. Na estação, mais dificuldades: passageiros tentando embarcar nos trens mais baratos, famílias com crianças em risco.
Passageiros tentam embarcar em trem a caminho do Kumbh Mela, na Índia
Reprodução/TV Globo
Enquanto isso, outras centenas de pessoas ficam dormindo no chão da estação de trem, esperando uma nova chance de viajar.
Centenas de pessoas ficam dormindo no chão da estação de trem, esperando uma nova chance de viajar para festival religioso na Índia
Reprodução/TV Globo
Caos no trânsito
Entre buzinas e brigas: o caos no trânsito da Índia de peregrinos a caminho do Kumbh Mela
Sem alternativa, a equipe seguiu de carro com um motorista de aluguel por mais 200 km. A viagem seguiu entre buzinas e brigas. Depois de 24 horas de trajeto, finalmente chegaram a Prayagraj, onde encontram muitos peregrinos em tuk-tuk e motos levando famílias. Alguns ainda vão a pé pela estrada disputando espaço com as motos.
Peregrinos seguem a pé pela estrada disputando espaço com as motos a caminho do Kumbh Mela
Reprodução/TV Globo
Areias do Ganges como dormitórios
Margens do Ganges viram dormitório para milhares de visitantes do Kumbh Mela
Para chegar ao coração do festival, a equipe ainda precisou percorrer uma hora de barco até o encontro dos rios sagrados. As margens do Ganges viraram dormitório para milhares de visitantes, incluindo a equipe do Profissão Repórter. Além da areia, fiéis também dormem em praças e calçadas.
Peregrinos transformam praças e calçadas em dormitórios
Reprodução/TV Globo
Tumulto, brigas e pisoteamento
Pelo menos 30 pessoas morreram pisoteadas em festival religioso na Índia
Nos primeiros dias do festival, pelo menos 30 pessoas morreram pisoteadas pela multidão enquanto tentavam chegar ao rio. No último dia de banho sagrado, o cenário caótico se repetiu: mais tumulto, empurra-empurra e até brigas. Veja no vídeo acima.
Empurra-empurra e até brigas no maior festival religioso do mundo
Reprodução/TV Globo
Além disso, muitos peregrinos trocam de roupa na própria areia e deixam as vestimentas para trás (veja na imagem abaixo).
Peregrinos trocam de roupa na própria areia e deixam as vestimentas para trás
Reprodução/TV Globo
Durante 50 dias, milhões de fieis se banham nas águas consideradas sagradas. Para os peregrinos, o mergulho no Ganges é um ritual de purificação dos pecados e de libertação do ciclo de reencarnações.
“Eu sinto como se o céu fosse aqui”, diz uma fiel.
Durante 50 dias, milhões de fieis se banham nas águas consideradas sagradas
Reprodução/TV Globo
Muita gente também faz a colheita de água e de areia do fundo do rio.
“Essa ocasião do Kumbh Mela só acontece a cada 144 anos, o que é equivalente a duas vindas de um ser humano comum, então, essa água não tem preço. Nós vamos guardá-la enquanto pudermos”, afirma um peregrino.
Muita gente também faz a colheita de água e areia do fundo do rio
Reprodução/TV Globo
Do alto, um helicóptero sobrevoa a multidão e lança pétalas de flores sobre os peregrinos, o momento mais esperado do festival Kumbh Mela.
Do alto, um helicóptero sobrevoa a multidão e lança pétalas de flores sobre os peregrinos
Reprodução/TV Globo
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