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Capivara também está com a pata esquerda paralisada. Moradores já somam cinco protocolos de pedido de resgate. Prefeitura diz que tenta resgatar o animal desde a primeira denúncia, mas sem sucesso. Moradores pedem resgate de capivara ferida em parque de Curitiba há uma semana
Uma capivara com ferida exposta nas costas foi encontrada no Parque Tingui, região norte de Curitiba, na última quarta-feira (27). Moradores da região contam que desde então pedem à prefeitura que o animal seja resgatado, o que não aconteceu até a publicação desta reportagem, uma semana depois.
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Além do ferimento, o animal está com a pata traseira esquerda paralisada, segundo Giselle Alberti, uma das moradoras que encontrou o animal.
A mulher contou ao g1 que eles tentam contato com a Prefeitura de Curitiba pelo telefone 156 há uma semana, e juntos já somam cinco protocolos de pedidos de resgate. No entanto, o animal permanece no mesmo lugar, de acordo com Giselle.
“Todo mundo está ligando, registrando na prefeitura o pedido de ajuda. A gente tá de alguma forma tentando fazer alguma coisa por ela. A gente não pode colocar ela dentro do carro ou tentar tratar em casa. Ela nem deixa a gente chegar perto. A gente não sabe mais o que fazer”, relatou.
As capivaras são animais silvestres, que podem ser agressivos. Portanto, a orientação da Prefeitura de Curitiba é que a interação com elas não aconteça, mesmo que em ambientes urbanos, como parques. As capivaras são protegidas pela Lei de Crimes Ambientais.
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) disse que foi informada sobre o caso e há uma semana tenta capturar a capivara ferida para atendimento.
“O animal está se deslocando bem e sempre pula na água. Nesta quarta-feira (4/12), a equipe da Rede de Proteção está novamente no local tentando fazer a captura”, informou.
Ao fim da tarde desta quarta-feira (4), a SMMA disse ao g1 que a equipe, novamente, não conseguiu resgatar o animal, mas que as buscas continuam.
A Secretaria ainda indicou que “de 1º de janeiro a 4 de dezembro de 2024, a Rede de Proteção Animal de Curitiba recebeu 253 protocolos sobre capivaras. A maioria pedindo orientações e informações sobre os animais. No mesmo período, foram feitos 15 resgates”.
Capivara com ferida exposta é encontrada em parque de Curitiba
Giselle Alberti
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“Capivara pode ter boa recuperação”, diz veterinário
O veterinário especialista em animais silvestres Marcos Ono explicou que exames precisam ser feitos para confirmar a gravidade dos ferimentos. No entanto, pelo tempo que a capivara aguarda por atendimento, é possível que ela consiga se recuperar.
“É um animal que aparenta ser apto de tratamento e reabilitação. Tem algumas lesões mais profundas, mas a princípio não parece chegar em cavidade abdominal. Tem a parte de fratura, possivelmente. […] Quanto mais tempo demorar para intervir, maior o risco do animal ficar com sequelas”, afirmou.
Como consequência da demora no atendimento, Ono ainda destacou a possibilidade da capivara não conseguir retornar à vida livre.
Outro caso recente
Capivara morre em Curitiba após ser atropelada e resgate acontecer 14 horas do acionamento
Uma capivara morreu em Curitiba no dia 29 de novembro após ser atropelada e atendida 14 horas depois de moradores chamarem o resgate.
Eles encontraram o animal ferido e sem o movimento das pernas traseiras na noite de quinta-feira (28), próximo ao Parque Tingui.
A capivara só foi resgatada no dia seguinte, perto das 10h, e encaminhada para tratamento no CAFS. Um exame de RX confirmou que ela teve luxação completa de coluna na região torácica, segundo a prefeitura.
RX comprovou luxação completa da coluna na capivara
Reprodução/Prefeitura
O animal não resistiu aos ferimentos e veio à óbito durante a tarde.
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