De acordo com o Nupes, tomate foi o principal vilão da cesta no mês de março. Com 7ª alta seguida, custo médio da cesta básica para família de 5 pessoas se aproxima de R$ 3 mil na região, aponta Nupes
Walter Campanato/Agência Brasil
Uma nova pesquisa divulgada na tarde desta quarta-feira (2) pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes), da Unitau, apontou que o Vale do Paraíba registrou, em março, a sétima alta consecutiva no preço médio da cesta básica, que se aproxima de R$ 3 mil.
De acordo com o balanço, o valor médio da cesta no mês passado na região foi de R$ 2.946,88 — valor que representa um aumento de 1,77% na comparação com fevereiro, quando o preço médio havia ficado em R$ 2.895,69.
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O parâmetro usado pela pesquisa é o de uma família com poder de compra de cinco salários-mínimos vigentes no mês de fevereiro, que hoje representa R$ 7.590,00.
“O aumento dos preços em março sinaliza aumentos persistentes dos preços, porém, não se trata de um processo de inflação descontrolada. As variações nos preços dos alimentos, principalmente nos produtos de origem agropecuária, que estão ao sabor dos níveis de demanda interna e externa e da variação da produção devido aos períodos de entressafras, assim como dos problemas climáticos que perturbam as condições de produção”, aponta a pesquisa.
Entre as cidades pesquisadas pelo Nupes, Campos do Jordão já tem custo médio da cesta básica acima dos R$ 3 mil. Em março, o preço médio da cesta na cidade mais alta do país foi de R$ 3.001,23 — veja abaixo os valores médios por cidades no mês passado.
São José dos Campos: R$ 2.921,23
Taubaté: R$ 2.927,34
Caçapava: R$ 2.937,74
Campos do Jordão: R$ 3.001,23
Produtos
Em março, o produto com a maior alta no preço entre os itens pesquisados na cesta básica foi o tomate, que teve aumento de 24,98% na comparação com o valor de fevereiro.
Tomate foi o principal vilão da cesta básica no mês de março, segundo o Nupes
Josephine Baran / Unsplash
A lista ainda conta com o mamão formosa, que teve alta de 18,78%, seguido pela cebola, com aumento no preço de 10,42%.
De acordo com o Nupes, a onda de calor que antecipou a colheita do tomate nos meses de janeiro e fevereiro fez com que, no mês passado, a oferta do produto fosse menor, gerando um aumento no preço.
Por outro lado, os produtos com maiores quedas no preço no mês passado foram a mandioca, com redução de 7,91%, seguida pela banana prata (-4,54%) e o óleo de soja (-4,42%).
A explicação para a queda no preço da mandioca, segundo o Nupes, foi a menor procura da indústria e a oferta estável do produto.
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