Morte de Flávia Gabriely Pires Pinto, de 17 anos, é considerada violenta pela Polícia Civil. Jovem ficou desaparecida por 23 dias e cunhado, preso preventivamente, é tratado como suspeito. Adolescente encontrada morta foi vista pela última vez deixando a casa do namorado
A morte de Flávia Gabriely Pires Pinto, de 17 anos, é investigada pela Polícia Civil (PC-PR). O corpo da jovem foi encontrado em um córrego em Jesuítas, norte do Paraná, após 23 dias do seu desaparecimento.
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O cunhado da adolescente, de 19 anos, está preso preventivamente suspeito de ter cometido o crime. O nome dele não foi divulgado.
Confira abaixo o que se sabe sobre o crime e o que falta ser esclarecido.
Quem é Flávia Gabriely?
Quando a jovem desapareceu?
Como foram as buscas?
Como o cunhado passou a ser suspeito?
Como a polícia chegou ao corpo da jovem?
O que falta ser respondido?
O que diz a família da vítima?
1. Quem era Flávia Gabriely?
Flávia morava com os pais, que têm outros dois filhos: uma mulher, que é casada com o suspeito do crime, e um irmão mais novo.
A família informou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que a jovem era tranquila. Flávia também tinha um namorado.
2. Quando a jovem desapareceu?
Flávia Gabriely desapareceu no dia 13 de janeiro.
Reprodução/RPC
Flávia sumiu em 13 de janeiro. Naquele dia, às 13h, conforme a investigação, ela disse aos pais que iria até a casa do namorado, na mesma cidade.
Às 15h04, a adolescente foi filmada por uma câmera de segurança deixando o local sozinha.
O último registro mostra que ela estava caminhando pela rua sem pessoas por perto. Logo depois, ela desapareceu.
Câmera mostra Flávia caminhando sozinha às 15h04.
Reprodução
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3. Como foram as buscas?
A família de Flávia pediu ajuda em redes sociais e na imprensa para obter informações sobre a jovem.
Durante 23 dias, o caso foi investigado também pelo Conselho Tutelar.
A polícia informou que, neste período, receberam inúmeras pistas falsas e trotes sobre o caso.
4. Como o cunhado passou a ser suspeito?
Delegado explica como polícia chegou até o suspeito de matar a adolescente desaparecida
Durante a investigação da polícia, enquanto as buscas eram realizadas, pessoas próximas da jovem foram ouvidas, entre elas, o cunhado.
O delegado Leandro Vadalá explicou que o depoimento dele chamou a atenção da equipe e fez com que ele fosse chamado novamente até a delegacia para prestar esclarecimentos.
Ao ser ouvido de novo, o suspeito apresentou contradições com imagens e elementos investigativos que comprovaram, conforme o delegado, que ele estava em um endereço diferente do que havia falado inicialmente.
Depois de negar envolvimento no desaparecimento, o homem confessou que esteve com Flávia em 13 de janeiro. Após, a polícia comprovou que ele a buscou na mesma data.
Ao delegado, ele disse que os dois foram até o riacho para usar drogas e ele a empurrou na água. A família não confirma que Flávia fazia uso de drogas.
A investigação não apontou, até o momento, a participação de outras pessoas na morte.
5. Como a polícia chegou ao corpo da jovem?
Local em que corpo de Flávia foi encontrado fica perto de uma trilha.
Reprodução/RPC
Quando confessou o crime, o cunhado também indicou à polícia onde deixou o corpo da adolescente.
No início da madrugada do dia 6 de fevereiro, o corpo de Flávia foi encontrado a 30 metros de distância do lugar onde o cunhado havia apontado. Ele estava em um córrego de Jesuítas, próximo à uma trilha na Estrada dos Ipês.
As buscas foram feitas com o apoio do Corpo de Bombeiros de Toledo, que encontrou a vítima sem vida após uma hora no local.
O jovem foi preso preventivamente na mesma data, às 12h, quando a Justiça expediu o mandado de prisão. A polícia acredita que a chuva causou o deslocamento do corpo.
A princípio, a polícia descarta a participação de outras pessoas no crime. Também não há indícios de abuso sexual.
O suspeito não tem histórico criminal e não morava na mesma casa que a vítima. A família disse à polícia que o relacionamento entre os dois era tranquilo.
Na sexta-feira (7), ele passou por audiência de custódia e foi transferido para a cadeia pública de Assis Chateaubriand.
6. O que falta ser respondido?
O corpo de Flávia irá passar por exames do Instituto Médico-Legal (IML) que devem mostrar quando a morte aconteceu, a causa e se a jovem fez uso de drogas, como o cunhado alega.
Apesar de a polícia afirmar que a morte foi violenta, não foi divulgado, até o momento, quais sinais de violência estavam na vítima.
Ainda falta ser esclarecido, também, porque os dois foram até trilha e o que, efetivamente, motivou o crime.
7. Pai e avô pedem por justiça
À RPC, Valdecir Pinto e Valdivino Pinto, pai e avô de Flávia, pediram por justiça. Valdivino contou que os dias em que a neta ficou desaparecida foram difíceis, mas tinham esperança de que ela fosse encontrada com vida.
“É um sentimento de dor que parece que nunca vai passar. Hoje está completando 25 dias de luta, choro e lágrimas, sem poder dormir, sem se alimentar, tudo em busca da menina. Espero justiça. Quando recebemos a notícia não foi fácil, abalou a nossa vida mais ainda, pois nós esperávamos encontrar ela com vida”, disse o avô.
Valdivino Pinto, avô de Flávia, diz que esperava encontrar a neta viva
RPC
O pai, Valdecir, afirma que para amenizar a dor, tenta focar nas lembranças boas com Flávia.
“Não tem como expressar o que eu estou sentindo. Eu espero que justiça seja feita. O que desejo agora é ter paz na família. Creio que as lembranças e o que há de melhor a gente tem guardado e isso vai dar um pouco de alegria para nós e unirmos as forças para ir vencendo”, declarou o pai.
Valdecir Pinto, pai de Flávia, diz que vai focar nas lembranças boas com a filha
RPC
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