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Câmeras registram barulho de explosão na Grande Curitiba
A explosão registrada na Enaex Brasil, fábrica de materiais explosivos, deixou nove mortos e sete feridos. O caso aconteceu no início da manhã de terça-feira (12), em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, e está sendo investigado pelas Polícias Civil e Científica e pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR).
Câmeras de segurança instaladas em imóveis da região registraram o barulho da explosão que assustou moradores por volta das 5h50 da manhã, além de provocar danos estruturais em casas, comércios e empresas. Veja no vídeo acima.
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Em nota, a Enaex Brasil lamentou a situação e informou que presta cuidados aos familiares das vítimas.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso.
O que aconteceu?
Quem são as vítimas?
Quais locais foram afetados?
O que dizem as autoridades?
O que diz a empresa?
O que falta esclarecer?
1. O que aconteceu?
Uma explosão foi registrada por volta das 5h50 da manhã de terça, em uma área de 25 metros quadrados que armazenava material explosivo produzido pela fábrica Enaex Brasil. No momento do acidente, os explosivos estavam sendo preparados para transporte, segundo o secretário de segurança pública, Coronel Hudson.
Como a empresa funciona 24 horas por dia, as vítimas estavam trabalhando no momento do acidente.
Segundo a capitã do Corpo de Bombeiros do Paraná, Luisiana Guimarães Cavalca, devido à explosão, diversos focos de incêndio surgiram no local, mas foram controlados.
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre o que causou o acidente.
Imagens mostram como ficou área de fábrica que explodiu na Grande Curitiba
2. Quem são as vítimas?
De acordo com a empresa, nove pessoas morreram e sete ficaram feridas. As vítimas que morreram na explosão eram todas funcionárias da empresa. São elas:
Camila de Almeida Pinheiro;
Cleberson Arruda Correa;
Eduardo Silveira de Paula;
Francieli Gonçalves de Oliveira;
Jessica Aparecida Alves Pires;
Marcio Nascimento de Andrade;
Pablo Correa dos Santos;
Roberto dos Santos Kuhnen
e Simeão Pires Machado.
O secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que os corpos foram fragmentados por conta da energia da explosão. Por isso, será necessário realizar o comparativo de exame de DNA das vítimas com o material coletado das famílias.
Vítimas de explosão em fábrica de explosivos no Paraná.
Redes Sociais
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3. Quais locais foram afetados?
Moradores de pelo menos oito cidades relataram ter sentido o impacto da explosão: Quatro Barras, Curitiba, Piraquara, Pinhais, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Colombo e São José dos Pinhais.
Diversos imóveis próximos à Enaex tiveram danos estruturais, como vidros quebrados, coberturas danificadas e até mesmo estruturas comprometidas. Uma indústria de alimentos, por exemplo, dispensou 130 funcionários após registrar um vazamento de gás, além de riscos na estrutura.
Local de explosão em fábrica de explosivos
Arte/g1
Espectadores da RPC encaminharam imagens que mostram danos registrados nas imediações da Enaex Brasil. Veja abaixo:
Explosão de fábrica na Grande Curitiba teve impacto na região
4. O que dizem as autoridades?
Em nota, a Prefeitura de Quatro Barras informou que a empresa Enaex possui todas as licenças necessárias para o funcionamento, incluindo alvará e localização em conformidade com as exigências legais.
Disse que a diretoria da indústria se colocou à disposição para reparar todos os danos gerados à população, bem como prestar “total suporte” aos trabalhadores e suas famílias, e que equipes da Defesa Civil de Quatro Barras estão fazendo o levantamento de sinistros e danos em residências, comércios e edificações nas áreas do entorno.
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou que conta com mais de 50 profissionais mobilizados que que atuam na área da explosão, com equipes da Polícia Civil (PC-PR), Polícia Militar (PM-PR), Corpo de Bombeiros Militar (CBMPR) e Polícia Científica (PCP-PR).
O Comando da 5ª Região Militar, do Exército Brasileiro, informou que “parte importante” da fiscalização da empresa cabe ao Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 5ª Região Militar, e que a última inspeção foi realizada em março de 2025.
Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) informou que instaurou inquérito civil para apurar as causas do acidente e que o procedimento também busca averiguar se houve responsabilidade da empresa no ocorrido.
Imagens internas da empresa Enaex mostram área da explosão destruída
Corpo de Bombeiros
5. O que diz a empresa?
Em nota, a Enaex Brasil disse que possui diversas plantas e totaliza 1.300 colaboradores, mais terceirizados. A empresa informou que a explosão ocorreu em uma das plantas de acessórios de iniciação, e que a brigada da fábrica foi a primeira a atuar na situação.
“A empresa tem a vida como seu valor primordial e é reconhecida internacionalmente por suas práticas de segurança na fabricação de explosivos civis, com procedimentos que vão além das exigências regulatórias. […] A empresa atua na execução de um plano de contingência baseado em assegurar o devido atendimento às vítimas e seus familiares, para os quais expressamos nossos sinceros sentimentos, e prestamos solidariedade a todos os envolvidos nesta tragédia.”
Por fim, a nota esclarece que as investigações das causas do acidente foram iniciadas.
“Nesse momento nossa prioridade absoluta, portanto, é cuidar das pessoas e suas famílias . As investigações das causas do acidente já foram iniciadas e estão em curso. A Enaex permanece à disposição das autoridades a fim de contribuir para o esclarecimento do ocorrido.”
Em coletiva de imprensa concedida maio meio-dia de terça (12), Daniel Oliveira, diretor industrial da Enaex Brasil, ainda afirmou que uma equipe de psicólogos atua para cuidar do caso e que cada família está sendo atendida individualmente. Afirmou, também, que os sete feridos foram encaminhados para hospitais e estão bem.
6. O que falta esclarecer?
Entre o que falta esclarecer sobre o caso estão informações como e o que causou a explosão e se houve algum responsável pela falha.
Falta também a identificação dos corpos das vítimas que, segundo o secretário de segurança pública, Hudson Teixeira, pode levar pelo menos um mês para ser concluída.
Imagens internas da empresa Enaex
Corpo de Bombeiros
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