Suspeitos entravam em contato com vítimas afirmando que elas tinham passado nos concursos militares e que deveriam fazer um curso para ocupar o cargo. Investigações apontaram que suspeitos se passavam por oficiais do Exército Brasileiro que supostamente ministrariam cursos às vítimas. Polícia apreendeu falsos uniformes militares
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Dez pessoas foram presas em flagrante, nesta quarta-feira (18), suspeitas de aplicar golpes em concurseiros e se passar falsamente por militares em Curitiba.
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Segundo a Polícia Civil, os suspeitos procuravam na internet por listas de pessoas inscritas em concursos públicos militares. Com os dados, eles entravam em contato com as vítimas afirmando que elas tinham sido convocadas para a posse do cargo.
Em seguida, conforme a polícia, as orientavam a comparecerem no escritório na Praça Tiradentes, no Centro da capital paranaense.
No local, informavam que as vítimas deveriam pagar supostas taxas para a realização de um curso para ingresso no cargo.
As investigações apontaram ainda que os suspeitos se passavam por oficiais do Exército Brasileiro que supostamente ministrariam os cursos às vítimas.
Além das prisões, foram apreendidos celulares e documentos com informações de vítimas em potencial.
A polícia apreendeu também uma máquina de cartão e identificou que os suspeitos venderam R$ 10 mil nos últimos quatro dias, conforme o delegado Reinaldo Zequinão.
Polícia apreendeu falsos uniformes militares
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Investigações
Segundo o delegado, as investigações começaram depois que vítimas procuraram as autoridades.
“Eles oferecem como se ela já tivesse sido selecionada para ingressar na carreira pretendida e falam que não teria nenhum custo. Chegando lá, eles dizem que tem um curso preparatório, que tem uma tarifa, de R$ 1.800, mas que para a vítima, em razão de ter sido uma das primeiras selecionadas, eles baixariam para R$ 300”, detalha.
Até o momento, duas vítimas foram identificadas. A polícia orienta que outras pessoas que caíram no golpe procurem a delegacia de estelionato.
Abordagem enganosa
De acordo com o delegado, o local oferece, de fato, um curso preparatório para auxiliar concurseiros, mas a abordagem acontecia de maneira enganosa.
“O curso é legítimo, existe mesmo, o problema é justamente na forma como essas vítimas foram abordadas e induzidas a pagar valores sob promessas falsas”, explica.
Entre os presos, quatro são de Curitiba e Região Metropolitana. Três são de Fortaleza, uma de Manaus, uma de São Paulo, uma de Gurinhém, na Paraíba.
Conforme o delegado, eles deverão responder por estelionato, formação de quadrilha e uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar.
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