Ação Flecha Noturna II reuniu militares das três Forças Armadas para explodir duas pistas de garimpeiros em uma região conhecida como “Garimpo do Rangel”. Explosão de pista de garimpo em ação da operação Catrimani II
Divulgação/Operação Catrimani II
Ações da operação Catrimani II, coordenada pela Casa de Governo, destruíram duas pistas de pouso de aviões usadas por invasores em uma região de garimpo ilegal conhecida como “garimpo do Rangel”, na Terra Yanomami. A informação foi divulgada neste sábado (21).
A primeira pista, conhecida como “pista Couto Magalhães” foi explodida na última segunda-feira (16), enquanto a “pista do Valmor” foi na terça-feira (17).
A ação Flecha Noturna II reuniu militares das três Forças Armadas em uma série de atividades estratégicas. As ações incluíram vigilância e reconhecimento da área, segurança do ponto de desembarque, preparação de material explosivo, detonação de um alvo durante a noite, avanço para o segundo alvo, detonação deste durante o dia e, por fim, o retraimento das tropas.
Explosão da segunda pista de pouso usada por garimpeiros na Terra Yanomami
Divulgação/Operação Catrimani II
Para a explosão, as tropas usaram equipamentos especiais para o reconhecimento e monitoramento dos alvos, mantendo a continuidade das operações durante todo o período noturno. A operação foi viabilizada pelo uso de Equipamento de Visão Noturna (EVN).
A Operação Catrimani II é uma iniciativa do Ministério da Defesa para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil. Ela ocorre de forma conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima.
Terra Yanomami
Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise de saúde devido ao avanço do garimpo ilegal, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa.
A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.
Apesar das atividades de combate ao garimpo na região deflagradas em fevereiro de 2023, os invasores continuam em atividade. O Ministério dos Povos Indígenas estimou em março deste ano que 7 mil garimpeiros permanecem na região.
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