Moradias foram destruídas pelo processo de perda de terras que atinge a comunidade Vila Progresso, localizada do Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá nesta quinta-feira (29). Moradores perdem casas em comunidade do Bailique devido ao processo de erosão
Pelo menos 6 casas foram destruídas nesta quinta-feira (29) pelo processo de erosão – fenômeno de perda de terras que atinge a comunidade de Vila Progresso, localizada do Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá.
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Moradores relataram que o problema é antigo, e que não há suporte para as pessoas que perdem as casas para a erosão.
“Não é fácil não, só essa noite nós perdemos seis casas. A gente conseguiu dormir a partir das 2h, deu uma cochilada. A gente pede ajuda do prefeito, governador, quem puder ajudar. O negócio não tá fácil, várias pessoas perderam casa”, disse o morador Darlan Pereira.
O g1 solicitou nota às defesas civis Estadual e Municipal sobre ações na comunidade, mas até a publicação desta matéria não teve retorno.
Casas da comunidade de Vila Progresso são destruídas pela erosão
Divulgação
O morador Eldair Lopes, contou que parte da comunidade passou a noite em claro, fazendo a retirada das casas de dentro da água.
“O desespero foi grande. Passamos a noite toda acordados, trabalhando. Não conseguimos salvar nada da casa, foi feito um mutirão com a comunidade. A comunidade veio para ajudar, pedimos ajuda mas infelizmente não conseguimos salvar. Não é uma nem duas pessoas que perdem casa, eu já perdi 7 casas. A gente vai perdendo casa e não tem nenhum benefício”, disse.
Casas da comunidade de Vila Progresso são destruídas pela erosão
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O processo de erosão é frequente no arquipélago do Bailique e acontece há mais de 10 anos. A comunidade Vila Progresso é uma das mais afetadas pelo fenômeno que sofreu uma aceleração devido às ações humanas.
Casas da comunidade de Vila Progresso são destruídas pela erosão
Divulgação
Casas da comunidade de Vila Progresso são destruídas pela erosão
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O representante da comunidade, Elison Magalhães, contou que o problema atingia a região de forma moderada, no entanto, o processo se intensificou após os anos de 2018 e 2019.
“De 2018 para cá, a nossa região é uma região de várzea onde sempre teve erosão, só de uma maneira bem calma. De 2018, 2019 para cá, veio de forma devastadora, muito forte mesmo […] Então várias comunidades foram afetadas. Isso tem dado um prejuízo muito grande para a nossa população”, explicou.
Segundo pesquisas recentes realizadas por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Vila Progresso é a sexta comunidade do Bailique mais atingida pelo processo de erosão.
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