Jamil Calderaro Casseb, de 26 anos, é investigado pela Polícia Civil por suspeita de fazer parte de um esquema de abuso sexual infantojuvenil por meio da internet. Sesau informou que estágio é de responsabilidade da UFRR e a Universidade aguarda orientação jurídica. Jamil Calderao Casseb foi preso em flagrante
Reprodução/Instagram
O estudante de medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Jamil Calderaro Casseb, de 26 anos, flagrado com vídeos de pornografia infantil durante operação da Polícia Civil, é estagiário na maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a maior de Roraima. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado na audiência de custódia. O conteúdo apreendido não tem relação com o trabalho dele na unidade.
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Procurada, a Secretaria de Saúde (Sesau), responsável pela maternidade, destacou que repassou as informações para a Delegacia Geral e a UFRR “com o intuito de tomar as providências pertinentes ao caso”. Finalizou informando que a responsabilidade pelo internato é da Universidade.
Jamil foi preso na última sexta-feira (23) e solto no sábado (24). Durante buscas na casa dele, investigadores encontraram vídeos de exploração sexual de crianças e adolescentes no celular e no notebook dele e, com isso, acabou preso em flagrante.
O estudante segue cumprindo expediente na maternidade desde que foi solto. O estágio é parte do programa de internato em medicina da UFRR — obrigatório para a conclusão do curso. Sob supervisão de professores e profissionais, o internato é onde o estudante aplica os conhecimentos teóricos.
Por meio de nota, a UFRR informou que até o momento “não recebeu qualquer notificação ou manifestação oficial da Polícia Civil ou de outras autoridades competentes quanto a aplicação de medidas restritivas do acusado”.
Disse ainda que já acionou a assessoria jurídica para análise do devido processo legal. Procurada a Polícia Civil ainda não informou se há alguma orientação para casos desse tipo.
O g1 procurou a defesa de Jamil Calderaro Casseb, questionou se há o interesse em se posicionar e aguarda resposta.
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Polícia Civil/Divulgação
Jamil foi preso em uma operação da Polícia Civil que teve como principal alvo o investigado Djavan Vitor Barbosa da Silva, que é de Minas, não foi encontrado e é considerado foragido. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva.
Durante o mandado de busca e apreensão na casa de Jamil Calderaro Casseb, agentes da Polícia Civil encontraram vídeos de pornografia infantil no celular e no notebook dele. Com isso, ele foi preso e atuado em flagrante pelos crimes de adquirir, armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Na delegacia, Jamil foi acompanhado por uma advogado e se resguardou ao direito de ficar em silêncio.
O flagrante foi conduzido pelo delegado Matheus Rezende, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. A ação teve o apoio da Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos e do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil de Roraima.
Na audiência de custódia, o juiz Alexandre Magno Magalhães Vieira considerou que não seria necessário manter Jamil preso, tendo em vista que ele “possui endereço fixo e tem atividade lícita, uma vez que é estudante, o que denota que poderá ser localizado para os atos da instrução criminal, razão pela qual, entende o Juízo, considerando-se tal ordem de motivos, não ser razoável, ao menos no atual momento, a decretação de prisão preventiva”.
Ao conceder liberdade, o juiz determinou que estudante cumpra medidas cautelares como comparecer mensalmente no fórum, não sair de Boa Vista por mais de oito dias sem autorização judicial, não frequentar bares, boates e estabelecimentos onde se vendam bebidas alcoólicas e se recolher em casa no período noturno de 22h às 6h.
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