Ambos os lados se acusam de terem violado o acordo na quinta-feira (28). O Exército do Líbano afirma que as forças israelenses violaram o cessar-fogo “diversas vezes” e o Exército de Israel diz que reagiu ao descobrir que veículos suspeitos estavam em áreas do sul do Líbano. O Exército israelense realizou bombardeios contra o Hezbollah no sul do Líbano neste sábado (30), após detectar atividade “que representava uma ameaça”, três dias depois do início de um cessar-fogo.
Em comunicado, as forças armadas israelenses listam quatro incidentes, incluindo um bombardeio da força aérea israelense contra “terroristas do Hezbollah identificados se aproximando de estruturas do Hezbollah no sul do Líbano”.
Em outro, os militares indicaram que sua aviação atingiu “uma instalação do Hezbollah com lança-foguetes”.
Na quarta-feira, entrou em vigor um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah depois de mais de um ano de enfrentamentos transfronteiriços e dois meses de guerra aberta entre o Exército israelense e o movimento armado libanês, que recebe apoio do Irã.
No dia seguinte, Israel e Hezbollah já se acusaram de romper o cessar-fogo.
O Exército do Líbano — o corpo que ficou responsável por monitorar o sul do Líbano, de onde Israel e Hezbollah devem sair — disse que as forças israelenses violaram o cessar-fogo “diversas vezes” entre quarta-feira (27), quando a trégua começou a valer, e quinta-feira (28).
O acordo de cessar-fogo, mediado pela França e pelos Estados Unidos, estabelece que o Exército israelense deve se retirar do sul do Líbano em um prazo de dois meses.
Por sua vez, o movimento islâmico xiita deve recuar suas posições para norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira entre Israel e Líbano, e desmantelar sua infraestrutura militar no sul do país.
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