
Wladimir da Silva, de 53 anos, morreu no último sábado (8) em uma batida entre as avenidas Brasil e Rio Branco, próximo à ponte do Bairro Manoel Honório. Caso segue em investigação e outras testemunhas serão ouvidas. Flha Francielle Cassiana Alves da Silva com foto do pai Wladimir da Silva
Luiza Sudré/g1
“Queremos justiça.” Esse é o apelo da família do motociclista Wladimir da Silva, de 53 anos, que morreu no último sábado (8) em um acidente com um carro de passeio no cruzamento entre as avenidas Brasil e Rio Branco, próximo à ponte do Bairro Manoel Honório, em Juiz de Fora.
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Segundo a Polícia Civil, o motorista do automóvel foi ouvido e admitiu ter feito uma conversão proibida no momento da batida. Inicialmente, conforme o registro policial, ele havia informado que circulava pela Avenida Brasil, mas a versão não coincidiu com as imagens analisadas. Veja no vídeo abaixo.
O caso segue em investigação e outras testemunhas serão ouvidas. O g1 tentou contato com o condutor de 25 anos, mas não obteve retorno.
Câmera de monitoramento registra acidente entre carro e moto no Manoel Honório
À reportagem, a esposa Rosimeire Cassiana Alves da Silva e a filha Francielle Cassiana Alves da Silva relembraram os momentos antes do acidente.
“Eu tomei café da manhã com meu marido. Ele saiu de casa e, logo em seguida, ouvi alguém me chamando desesperado, avisando que o Wladimir havia sofrido um acidente grave. Só tive tempo de pegar minha bolsa e correr para o hospital, porque ele já tinha sido socorrido”, contou Rosimeire.
VÍDEO: Motociclista morre em acidente com carro no Bairro Manoel Honório, em Juiz de Fora
Motorista envolvido em acidente que matou motociclista no Manoel Honório, em Juiz de Fora, confirma ter feito conversão proibida
Ao chegar ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Juiz de Fora, Rosimeire ligou para a filha para avisar sobre a batida. “Não achei que seria tão grave, até que os médicos nos chamaram para uma sala pequena. Quando vi meu pai ensanguentado e com a boca toda roxa, fiquei em choque”, disse a jovem.
Casamento de Rosimeire e Wladimir; eles eram casados há mais de 30 anos
Arquivo Pessoal
Apesar de ter mais de 30 anos de experiência como motociclista, a família de Wladimir confirmou que ele não tinha carteira de habilitação e a documentação da moto estava irregular.
“Mesmo com isso errado, ficamos vulneráveis. Perdi meu esposo, o pai da minha filha. Uma vida toda juntos, são quase 33 anos de casados. Ele era meu companheiro, meu confidente. Precisamos seguir em frente”, desabafou Rosimeire.
Wladimir da Silva tinha de 53 anos e morava em Juiz de Fora
Arquivo Pessoal
Próximos passos
A advogada da família de Wladimir e sobrinha da vítima, Poliana Silva de Andrade, explicou que os próximos passos da defesa envolvem a análise de imagens de câmeras de monitoramento de comércios locais para entender melhor as circunstâncias do acidente.
“Queremos que ele seja penalizado pelo ato e que responda não apenas por homicídio culposo, mas por dolo eventual”, contou Poliana.
Sobre a conduta do motorista, Poliana afirmou que ele mentiu no boletim de ocorrência, pois, inicialmente, declarou que o motociclista estava errado.
“É um sofrimento enorme para todos nós. Nada vai trazer ele de volta, mas queremos justiça”, concluiu a advogada e sobrinha da vítima.
Flha Francielle Cassiana Alves da Silva com foto do pai Wladimir da Silva
Luiza Sudré/g1
Relembre o acidente
Segundo a PM, a chegada da viatura ao local do acidente foi às 6h53, do último sábado.
Conforme o registro policial, o carro de passeio estaria circulando no sentido Ladeira ao Bairro Industrial quando, ao atravessar o cruzamento, foi atingido pela moto.
Imagens de câmera de monitoramento da região cedidas ao g1, no entanto, mostram que veículo teria saído da ponte do Manoel Honório e feito uma conversão proibida em direção ao Bairro Santa Terezinha.
Já em depoimento a Civil, o motorista do veículo voltou atrás e disse que fez uma manobra errada.
O motociclista chegou a ser socorrido e levado ao HPS, mas morreu logo após dar entrada na unidade.
Ele foi sepultado no domingo (9), no Cemitério Municipal.
Cruzamento das avenidas Brasil e Rio Branco, no Centro de Juiz de Fora
Carol Delgado/g1
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