![Famílias desalojadas começam a voltar para casas após alagamentos em Baía da Traição: 'rezar para não chover'](https://tocanteen.com.br/wp-content/uploads/alagamento-baiadatraicao-6wIVCS-1024x577.jpeg)
Após os alagamentos causados pelo transbordamento do rio Sinimbu, moradores enfrentam dificuldades para retomar a rotina, com a água ainda imprópria para consumo e o receio de novas chuvas. Baía da Traição enfrenta consequências após chuvas fortes
As famílias que ficaram desalojadas após o rio Sinimbu transbordar e alagar centenas de casas no município de Baía da Traição, na última quinta-feira (6), começaram a retornar para seus lares. No entanto, os moradores ainda estão preocupados com a estrutura das residências, permanecem sem água para consumir e uma família segue sem previsão de retorno para casa.
O rio Sinimbu transbordou após uma chuva intensa em Baía da Traição, alagando cerca de 200 casas, principalmente na região do bairro do Morrinho, e afetando aproximadamente 80 famílias. O alagamento também comprometeu o abastecimento de água da região, deixando todos os moradores sem água potável.
Cerca de nove famílias ficaram abrigadas na Secretaria de Educação da prefeitura municipal, onde receberam doações e apoio com alimentos e água potável. Nesta terça-feira, apenas duas famílias continuavam no local. De acordo com a Defesa Civil, a água voltou às torneiras dos moradores, mas ainda é imprópria para o consumo, por isso a prefeitura continua distribuindo água.
Rio Sinimbú transborda em Baía da Traição e alaga centenas de casas
Reprodução/Prefeitura de Baía da Traição
A família de Isabel deixou o abrigo nesta terça-feira (11) e retornou para casa, mas continua preocupada com a possibilidade de mais chuvas. Ela estava trabalhando quando os alagamentos começaram e, ao chegar, a casa já havia sido invadida pela água.
“A minha volta é muito preocupante, porque eu não sei o dia de amanhã, só Deus. É muito difícil a gente perder tudo, e a gente pode até correr atrás para conseguir, mas o desespero é muito grande; a gente vê a nossa casa invadida pela água. Agora é só rezar para não chover no dia de amanhã”, afirmou.
Já a família de Sileide estava recebendo doações de roupas nesta terça e continua sem previsão para retornar para casa. Ela é de João Pessoa, mas estava morando na Baía da Traição quando os alagamentos começaram.
“A casa lá tá muito difícil de entrar, tem um odor muito forte e tenho cinco crianças, tá difícil. Acreditar em Deus é importante; bens materiais a gente recupera.”
Os moradores do município também começaram a ter novas preocupações: as estruturas das casas após os alagamentos. Dona Luzemar Francisca Barbosa, por exemplo, não se sente mais segura dentro de seu próprio lar.
“Eu tenho medo de, uma hora para outra, minha casa desabar. A casa aqui do lado também está correndo risco. Não tenho condições de ficar aqui. O que eu tinha perdi, perdi foi tudo…”, afirmou Dona Luzemar.
De acordo com informações da TV Cabo Branco, a Defesa Civil realizará um estudo para entender o que pode ser feito para resolver os alagamentos que atingem as populações ribeirinhas.
Rio transborda após chuva intensa e alaga cerca de 200 casas em Baía da Traição
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