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Santa Rosa é considerada o berço nacional da soja. Foi no noroeste gaúcho que agricultores plantaram as primeiras sementes trazidas por um pastor americano. Fenasoja comemora evolução do cultivo do grão no país
Imagem: TV Globo
O principal produto do agronegócio brasileiro está completando 100 anos de cultivo no país.
Santa Rosa é considerada o berço nacional da soja. Foi no noroeste gaúcho que agricultores plantaram as primeiras sementes trazidas por um pastor americano – o avô do Walter.
“Aí o vô começou a dizer: dão para os seus porcos, dão para as suas vacas, porque eles vão engordar, vão ficar bonitos. E aí você vende a sua vaca, o seu porco, o leite. E foi isso aqui que aconteceu”, fala Walter Lehenbauer, neto do pastor Albert Lehenbauer.
100 depois, a Feira Nacional da Soja comemora a evolução do país, que se tornou o maior produtor mundial do grão.
“É um grão extremamente rico na sua utilização. Tanto na produção de margarinas, na indústria química para a produção de tintas e também para a produção de pneus”, diz Milton Racho, engenheiro agrônomo.
Essa colheitadeira, por exemplo, tem óleo de soja na composição da tinta e dos componentes plásticos, como o painel no interior da cabine. Ele é movido a biodiesel, que também leva soja e reduz em até 70% a emissão dos gases do efeito estufa.
“Um produto que foi produzido de forma renovável, auxiliando na descarbonização e principalmente também gerando a economia no sentido de estar usando esse produto e industrializando mais ele dentro do país”, comenta Fabrício Müller, gerente de produto.
Uma das novidades da feira é a espuma de colchão produzida com soja.
“Ele reduz a utilização de petróleo, né, que é um bem escasso na natureza, e aumenta a utilização da soja, que é um recurso, além de ser renovável, é abundante na nossa região”, diz a empresária Cassiane Perondi.
Na culinária, cem receitas doces e salgadas apresentam inovações como o ‘Sojatone’.
“Nos substituímos a farinha de trigo, parte dela, pela farinha de soja, e também substituímos o leite de vaca pelo leite de soja”, comenta a extensionista rural da Emater Vanessa Gnoatto.
“Muito saboroso. Ele lembra muito o panetone, aquele tradicional, mas ele tem um toquezinho diferente”, comenta a aposentada Berenice Dallagnol.
A Fenasoja vai até domingo (8), com a expectativa de receber 350 mil visitantes e movimentar R$ 1 bilhão de reais em negócios.
“É uma feira feita pela comunidade, é uma feira feita por 600 voluntários. E esse ano é uma reverência, então, à soja e à força do agro que movimenta o nosso país”, fala o presidente da Fenasoja, Dário Jr. Germano.
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