Última noite do Festival da Farinha em Cruzeiro do Sul recebe 30 mil pessoas
A última noite do Festival da Farinha 2025, no último sábado (30), contou com a presença de mais de 30 mil pessoas, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre. O evento, que ocorreu no Complexo Esportivo do Bairro Aeroporto Velho, iniciou na última quarta (27) e terminou com o show do pai da seresta, Evoney Fernandes.
Durante as quatro noites da feira, moradores e visitantes ajudaram a movimentar a economia da cidade, conhecida como capital nacional da farinha. Mais de 170 empreendedores, de diferentes setores, mostraram o potencial econômico do município.
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Um dos destaques deste ano foi o concurso que escolheu a melhor farinha do festival. A vencedora foi a agricultora Reginalda Leandro Gomes, que criou a melhor receita do principal produto da região. Ela ganhou um prêmio de R$ 5 mil.
Reginalda Leandro Gomes fez a melhor receita de farinha e ganhou o prêmio de R$ 5 mil.
Asscom/Prefeitura de Cruzeiro do Sul
“É um sentimento de muita alegria a gente vencer o concurso. A gente sempre faz farinha com amor, tem que fazer as coisas com muito amor, com muito carinho pra dar certo. Vou usar a premiação para dar uma arrumada na minha casa de farinha e melhorar ainda mais minha farinha . Esse foi o primeiro ano que participei e, certamente próximo ano participarei novamente,” comemorou a campeã.
Destaques
Um dos destaques do festival foi o setor rural, que é o principal destaque na economia do Juruá. A farinha de mandioca é o produto que mais gera renda para as famílias da região, com mais de 500 mil sacas produzidas por ano.
A produção envolve, principalmente, a agricultura familiar. Uma tradição passada de geração para geração e, por isso, o produto tem tanta importância para a região que o festival foi criado.
“A farinha é o que complementa a nossa alimentação. É muito importante. Comemos com peixe, com carne, em um pirão. A farinha tem que tá presente na mesa do cruzeirense”, disse o professor Jacob Neto.
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Para fazer uma farinha de boa qualidade, os produtores dizem que é preciso cuidar de cada etapa do processo. A agricultora Antônia Rocha explicou a técnica usada para que a farinha da cidade seja reconhecida como a melhor do Brasil.
“Na verdade, para fazer uma farinha de qualidade, tem que observar o processo da higiene e também da escaldagem da farinha, porque para secar qualquer pessoa seca, agora se você não sabe escaldar, não adianta secar porque não vai prestar”, expôs ela.
Além da farinha, a festa também contou com outros produtos feitos a partir da mandioca. “Aqui a gente vendeu beiju de goma, tapioca na folha, beleu, bolo de macaxeira e de farinha de tapioca”, contou a agricultora Marlucia Gomes.
Agricultora Alcione Silva do Nascimento, fez a maior tapioca do festival da farinha de 2025
Asscom/Prefeitura de Cruzeiro do Sul
Tapioca de 87 centímetros
Na sexta-feira (29), o festival teve um concurso para escolher a maior tapioca feita no evento. Quatro agricultores participaram e mostraram habilidade e criatividade ao preparar esse alimento tradicional feito com mandioca.
Alcione Silva do Nascimento, da comunidade BR-307, venceu o concurso com uma tapioca de mais de 87 centímetros. Ela já tinha ganhado em 2024 e repetiu o feito em 2025. Alcione recebeu R$ 3 mil. O segundo lugar ganhou R$ 1 mil.
“Minha origem é da roça, desde quando nasci. Sempre trabalhei com farinha, goma e tapioca. O segredo para virar é deixar bem assada para não quebrar. A emoção é grande, o nervosismo também, mas graças a Deus deu tudo certo”, disse emocionada.
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