Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o sobrinho da vítima ajudou o suspeito, seu pai, a fugir logo após o assassinato. O outro irmão dela, por sua vez, é apontado como o mentor intelectual do crime. Valdenice Gomes Celestino Soares, de 53 anos, foi morta a tiros no Piauí
Reprodução/Redes Sociais
O filho e o irmão de Adelaido Gomes Celestino, suspeito de assassinar a irmã e advogada Valdenice Gomes Celestino, foram presos temporariamente, na manhã desta quinta-feira (5), em uma operação da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI).
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Segundo a SSP, o filho do suspeito ajudou o pai a fugir logo após o assassinato, enquanto o irmão é apontado como o mentor intelectual do crime. Adelaido, no entanto, está foragido desde o dia do homicídio, cometido em 3 de março de 2025.
A Polícia Civil do Piauí (PCPI) também investiga se a arma usada no assassinato foi enviada pelo irmão de Adelaido de Goiânia (GO) a Paulistana (PI), cidade em que o crime ocorreu.
De acordo com a secretaria, o assassinato foi motivado por conflitos relacionados à divisão de bens da família da vítima. O suspeito já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e é procurado pela polícia.
“A medida foi determinada diante da gravidade do crime, da tentativa de fuga e do risco às testemunhas. Seguimos em diligências para localizá-lo e garantir sua responsabilização perante a lei”, afirmou a delegada Thainah Teixeira, de Paulistana.
As prisões do filho e do irmão do suspeito aconteceram em Paulistana e Goiânia. A polícia fez buscas e apreensões em sete endereços ligados aos investigados em ambas as cidades.
Suspeita de premeditação
Adelaido Gomes Celestino, de 49 anos, é suspeito de matar a irmã no Piauí
Divulgação/SSP-PI
A investigação policial revelou que Valdenice foi emboscada e morta com vários tiros, principalmente na região do pescoço, quando voltava de uma visita à sua propriedade, acompanhada da irmã e do neto.
Conforme a SSP, ela tinha ido consertar uma cerca que frequentemente era danificada pelo irmão.
Testemunhas contaram que a vítima estava sofrendo ameaças constantes dos irmãos, que não aceitavam sua atuação como inventariante no processo de partilha de terras da família.
Familiares apresentaram áudios e mensagens atribuídas ao irmão de Adelaido, com frases como: “isso não se resolve na Justiça, mas sim na bala”.
O ex-companheiro de Valdenice relatou ainda que, em 2021, foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte do irmão dela.
Outro parente reforçou que, após a morte da matriarca da família, os irmãos passaram a agir com violência e autoritarismo, especialmente contra Valdenice, que assumiu a liderança no processo judicial de inventário.
Fuga e destruição de provas
O inquérito da Polícia Civil apontou ainda que o filho de Adelaido teve participação direta na fuga do pai. Ele foi visto em uma motocicleta nas proximidades do local do crime e em outra cidade no mesmo dia, vestindo roupas semelhantes às descritas por testemunhas.
Relatórios técnicos indicaram que seu celular estava conectado ao mesmo ponto de internet utilizado pelo pai na localidade do crime, o que contradisse seu depoimento prestado à polícia.
O irmão de Adelaido, por sua vez, é investigado como o responsável por instigar o irmão a cometer o assassinato. Há indícios de que ele teria o pressionado por mensagens, cobrando uma “solução” para o conflito com Valdenice.
Os policiais também investigam o sumiço do celular da vítima e trabalham com a hipótese de destruição ou ocultação de provas, possivelmente por parte dos próprios investigados.
Suspeito de matar advogada em Paulistana também tentou matar a outra irmã
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