Presidente dos Estados Unidos derrubou norma que limitava o fluxo de água nos chuveiros no país — segundo ele, estava difícil de lavar seus ‘belos cabelos’. Entenda os conceitos de vazão e de pressão (e compare tudo com a realidade do Brasil). Fórmula do banho perfeito: Trump aprovaria os chuveiros brasileiros mais comuns?
É a “Guerra dos Chuveiros”: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava insatisfeito com a regra nacional que, com o objetivo de poupar recursos naturais, limitava o fluxo de água na hora do banho. “Gosto de lavar meus lindos cabelos”, disse ele, ao determinar, nesta quinta-feira (10), o fim da norma.
🚿O que dizia essa diretriz? Implementada pelos democratas Barack Obama e Joe Biden, ela estabelecia que os aparelhos deveriam ter uma vazão máxima de 9,5 litros por minuto. Dessa forma, seria possível economizar água e energia elétrica (usada no aquecimento).
“Tenho de ficar debaixo do chuveiro por 15 minutos até conseguir me molhar. Sai gota por gota. É ridículo”, afirmou Trump.
Assista ao vídeo no início da reportagem e entenda:
o que significam os conceitos de vazão e de pressão envolvidos na tal “guerra” (e ensinados na escola);
a relação de vazão com “qualidade” do banho;
a diferença dos nossos chuveiros para os dos americanos (será que Trump aprovaria tomar uma ducha no Brasil?🧐).
Bruna Barroso Gomes, professora de física da fundação Poli Saber, já dá um spoiler para quem não viu o vídeo do g1 ainda:
“Existem tecnologias que aumentam a pressão da água, mesmo limitando a vazão do chuveiro”, diz. “A decisão de Trump não faz sentido.”
Leonardo Zani Castello, professor do Curso Anglo, também reforça que a decisão do republicano pode trazer impactos ambientais desnecessários.
“Bastaria elevar a pressão, sem mexer na vazão: é só aumentar a altura do reservatório em relação ao chuveiro ou usar pressurizadores. São duas formas de trazer mais conforto no banho”, explica.
Veja os detalhes no vídeo do início da matéria.
Donald Trump antes de embarcar no Air Force One em um dia com muito vento, nos Estados Unidos, em abril de 2018
REUTERS/Kevin Lamarque
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