Na operação, 16 pessoas foram presas suspeitas de integrarem o esquema
Polícia Civil de Mato Grosso
Dezesseis pessoas foram presas nesta terça-feira (2), durante a Operação Conductor, suspeitas de integrarem uma facção criminosa que movimentou cerca de R$ 100 milhões com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Mato Grosso. Ao todo, foram cumpridos 95 mandados em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, São Luís (MA) e Jaboatão dos Guararapes (PE).
Conforme as investigações, o chefe da organização é de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá e era de lá que ele controlava toda a logística do crime: desde o transporte da droga na região de fronteira até o armazenamento em casas de médio padrão e a distribuição em pontos estratégicos, como supermercados e terminais de ônibus.
Também foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de valores e cinco sequestros de veículos, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Cáceres.
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De acordo com a Polícia Civil, os alvos são investigados pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
A polícia informou que as investigações começaram em abril do ano passado, quando um homem de 31 anos foi preso em Cáceres ao ser flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando 153,8 quilos de cocaína em uma van que simulava o transporte de passageiros. A partir disso, a Polícia Civil descobriu um esquema estruturado, envolvendo pelo menos 31 pessoas e oito empresas.
Segundo a delegada Bruna Laet, o grupo recebeu mais de duas toneladas de cocaína em apenas quatro meses, além de armas e munições. A investigação apontou que uma parte do entorpecente era distribuída em Mato Grosso e o restante era enviado para outros estados.
A operação teve apoio da Receita Federal, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), do Ministério Público e contou com a participação de equipes das diretorias Metropolitana, de Interior e de Atividades Especiais da Polícia Civil.
O nome“Conductor”, de acordo com a polícia, faz referência ao motorista preso no início das investigações, responsável por levar a droga da fronteira até a região metropolitana de Cuiabá.