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Funcionários do Samu são suspeitos de usar atestados falsos na regional de São João
Dois profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de São João da Boa Vista (SP), foram afastados após denúncias de entrega de atestados médicos falsos.
A suspeita é que eles pediam afastamento do Samu, e iam trabalhar em outros lugares nos mesmos dias e horários.
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Segundo o Consórcio de Desenvolvimento da Região (Conderg), que administra o Samu em 10 cidades da região, caberá às investigações analisar de onde vieram os atestados e se os médicos que assinam os documentos estavam cientes da situação.
A Polícia Civil informou que recebeu a denúncia na quinta (7) e vai investigar.
Apuração de denúncias
Ambulância do Samu Regional de São João da Boa Vista, SP
Nilson Porcel/EPTV
As denúncias apontam que os suspeitos são funcionários do setor de intervenção do Samu.
“Eles apresentavam atestado para gente, porém estavam desempenhando atividades semelhantes em outras cidades, que não é a que eles trabalham. Afeta diretamente o serviço prestado à população”, afirmou a coordenadora geral do Samu, Priscila Nasser.
Ela afirma que o prejuízo é amplo.”Uma vez que que o funcionário não vai naquele dia, eu preciso deslocar uma equipe, tentar encontrar um substituto para aquele plantão e o que muitas vezes ocorre é que nós não encontramos. E aí essa viatura em determinada cidade fica baixada porque a gente não encontra esse profissional. Ou quando encontra a gente precisa ter um gasto adicional”, explicou Priscila.
Os nomes dos funcionários e as cidades de atuação deles não foram divulgados pelo Conderg. O inquérito policial pode durar até 60 dias.
Em paralelo, uma medida administrativa já foi tomada com o afastamento dos dois funcionários. “Dependendo da conclusão, vão ser demitidos por justa causa. Se não for, retorna ao trabalho”, afirmou o prefeito de São João e presidente do Conderg, Vanderlei de Carvalho.
40 atestados por mês
Samu regional de São João da Boa Vista apura denúncias de uso de atesto falso
Nilson Porcel/EPTV
Cerca de 180 funcionários atuam no Samu regional. Em média, são apresentados 40 atestados por mês.
“Quem liga para o Samu realmente tá precisando de um socorro. E se a gente não tem esse suporte para dar, quem vai ser sofrer vai ser a população. O número de atestados tem sido bem grande. A coordenação achou melhor fazer uma investigação de tudo para apurar o que realmente tá acontecendo”, afirmou a superintendente do Conderg, Cristiane de Paiva.
“A gente entende que o atestado, ele é uma urgência, ele é uma situação que a gente não consegue prever, nem o funcionário que realmente está de atestado. Então a gente quer que o pessoal entenda a seriedade do nosso serviço. O compromisso que a gente tem com a saúde da população”, ressaltou a coordenadora Priscila.
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