Yoon Suk Yeol está sendo investigado por insurreição após decreto de lei marcial, que restringia direitos civis; no sábado (7), presidente sul-coreano escapou de pedido de impeachment. Yoon Suk Yeol foi salvo do impeachment no sábado (7)
Presidência da Coreia do Sul/Yonhap via AP
O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma operação policial nesta quarta-feira (11), pelo horário local, informou a Reuters com base na agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Yeol está sendo investigado criminalmente por insurreição por ter imposto uma lei marcial para restringir direitos civis, que durou cerca de seis horas. O presidente não foi preso ou interrogado pelas autoridades. Ele pediu desculpas e disse que decretou a lei marcial por desespero.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Além disso, os dois mais altos oficiais da polícia da Coreia do Sul foram detidos para investigação sobre seus papéis na execução do decreto de lei marcial do presidente na semana passada, disseram autoridades policiais nesta quarta-feira, conforme a Associated Press (AP).
A polícia informou que o Comissário Geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji Ho, e Kim Bong-sik, chefe da agência policial metropolitana de Seul, estão sendo mantidos na estação de polícia de Namdaemun, que fica na capital.
Eles estão sendo investigados por seus papéis no envio de forças policiais para a Assembleia Nacional, numa tentativa de impedir que os parlamentares entrassem no parlamento para votar pela revogação do decreto de lei marcial de Yoon, que foi anunciado de forma repentina na noite de 3 de dezembro.
A Assembleia também foi cercada por tropas fortemente armadas, que, segundo comandantes militares, foram enviadas sob ordens do ex-ministro da Defesa, Kim Yong-yun, que está preso. De acordo com a AP, um oficial afirmou que o ex-ministro tentou tirar a própria vida no centro de detenção, mas não conseguiu. Ele está em condições estáveis, segundo a agência.
No entanto, parlamentares conseguiram entrar no parlamento e rejeitaram de forma unânime o decreto de Yoon, forçando o gabinete a revogá-lo antes do amanhecer de 4 de dezembro.
A tentativa mal concebida de Yoon de ampliar seus poderes paralisou a política da Coreia do Sul, congelou a política externa e abalou os mercados financeiros, reduzindo drasticamente suas chances de concluir o mandato de cinco anos.
Nesta quarta-feira, a principal sigla de oposição liberal, o Partido Democrático, submeteu uma nova moção de impeachment contra Yoon. No sábado (7), a primeira tentativa de impeachment falhou após o partido governista boicotar a votação. O Partido Democrático afirmou que pretende colocar a nova moção em votação no sábado (14).
Após a falha da moção de impeachment na semana passada, o líder do partido conservador de Yoon prometeu organizar sua saída estável do poder, dizendo que Yoon será afastado de suas funções durante a transição para uma eleição antecipada.
No entanto, os planos foram apontados como irrealistas e inconstitucionais, informou a AP. A constituição afirma explicitamente que o impeachment é o único método para suspender os poderes presidenciais e que a autoridade para comandar o exército reside exclusivamente no presidente.
Com apoio de governistas, presidente da Coreia do Sul escapa de impeachment