Jean Couan Kruger foi preso na manhã desta quarta-feira (12) no centro da capital. g1 tenta contato com a defesa. Após briga, homem é assassinado a tiros e tem corpo arrastado para dentro de bicicletaria
Jean Couan Kruger, investigado por matar o venezuelano Guillermo Rafael de Maria Montes, de 42 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (12), no Centro de Curitiba, segundo a Polícia Civil (PC-PR).
Guilhermo foi morto a tiros no Centro da capital e teve o corpo arrastado para dentro de um bicicletaria. O caso aconteceu no dia 3 de março. O suspeito fugiu após o crime. Assista acima.
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O g1 fez contato com a defesa de Jean e aguarda retorno.
Em nota, o advogado de Jean informou considera arbitrária a prisão e afirma não ter tido acesso completo aos documentos que fundamentaram o pedido. Disse também que Jean sempre esteve à disposição da Justiça e que a própria juíza reconheceu que ele não interferiu na investigação nem tentou fugir, questionando a necessidade da prisão.
A defesa alega ainda que Jean agiu em legítima defesa para proteger a família de ameaças feitas por Guilhermo. Diante disso, espera que a Justiça permita que ele responda ao processo em liberdade, garantindo os direitos constitucionais.
Relembre o crime
No dia do crime, câmeras de segurança filmaram o momento em que Jean discute com Guillermo.
Em seguida, eles entram em luta corporal. Durante a briga, Jean saca uma arma e dispara várias vezes contra Guilhermo, que cai no chão. O suspeito arrasta o corpo da vítima para dentro do estabelecimento e fecha a porta do local.
Patrão é suspeito de matar funcionário após discussão e fugir do local, em Curitiba
Reprodução/RPC
Após o crime, Jean fugiu. Na noite seguinte, 4 de março, após o período de flagrante, o suspeito se apresentou à Polícia Civil e disse que agiu em legítima defesa.
Ele também afirmou à polícia que foi ameaçado pela vítima que estava cobrando uma dívida dele e que a arma usada no crime era de Guillermo.
Nesta quarta, a polícia informou que Jean estava armado e que mentiu no depoimento sobre a arma ser do venezuelano.
A prisão preventiva de Jean foi decretada pelo Poder Judiciário. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.
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Suspeito já foi condenado por tentativa de homicídio de outro homem
0Jean também já foi condenado a nove anos de prisão pela tentativa de homicídio de uma pessoa em situação de rua, em 2012.
Segundo a denúncia, Jean, na frente de um adolescente, agrediu a vítima com uma barra de ferro. Conforme o documento, o homem ainda arrastou a vítima, que estava desmaiada, até o meio da rua, e a agrediu com chutes na cabeça.
Em 2017, Jean foi julgado e condenado por corrupção de menores e tentativa de homicídio qualificado por meio cruel.
Ao longo do processo, Jean afirmou que as agressões foram motivadas pela suspeita de que a vítima traficava drogas e cometia furtos em frente a bicicletaria que pertencia a ele e ficava próxima ao Terminal do Guadalupe, em Curitiba.
Na fixação da pena, a juíza que analisou o caso afirmou que, insatisfeito com a situação ilícita, ele deveria ter acionado as autoridades competentes, mas preferiu “agredir a vítima brutalmente” e optou por “fazer justiça com as próprias mãos”.
Além disso, considerou também que Jean apresentava uma conduta social favorável, na medida em que trabalhava e “não demonstrava ser uma pessoa voltada à prática de crimes”.
Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, o processo foi arquivado em 2023. O órgão não informou o motivo do arquivamento.
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