Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, foi morta com golpes de canivete em Teresina
Reprodução
A Justiça do Piauí aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual e tornou réu Pedro Rocha Pereira e Farias, pelo feminicídio da ex-companheira Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, em abril de 2025, na Zona Sudeste de Teresina.
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A mulher foi assassinada com golpes de canivete no dia 5 de abril, dentro do próprio apartamento, no bairro Tancredo Neves, na Zona Sudeste da capital. O ex-companheiro foi preso no mesmo dia após ligar para um familiar, sargento da Polícia Militar do Piauí (PMPI), e confessar o crime. A arma do crime foi encontrada pela polícia embaixo de um sofá no imóvel.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Piauí e aceita pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros, no dia 24 de julho.
“Ademais, do modo como foi cometido o crime, resta caracterizada a impossibilidade de defesa da vítima, uma vez que a agressão foi praticada de forma repentina e inesperada, sem que a vítima tivesse qualquer possibilidade real de reação ou defesa, o denunciado a atacou de surpresa, utilizando um punhal, durante uma discussão doméstica, em um ambiente fechado e no interior da própria residência”, apontou trecho da denúncia.
O réu passará por uma Audiência de Instrução e Julgamento.
‘Ela não aguentava mais o relacionamento abusivo’, diz pai da vítima
Família de Gisele Maria, vítima de feminicídio, pede Justiça
Conforme a Polícia Civil, os dois se relacionaram por três anos e haviam se separado 15 dias antes do crime. Ele dormiu no apartamento da vítima na noite do dia 4 de abril e, no dia seguinte, viu mensagens no celular dela, supostamente conversando com outra pessoa.
Ainda segundo a polícia, Pedro Rocha se enfureceu, iniciou uma discussão com Gisele e depois desferiu cerca de 20 facadas.
“Ela não aguentava mais o relacionamento abusivo, por isso foi morar sozinha”, foi o que disse Antônio de Sousa Pereira, pai de Gisele Maria.
O pai da vítima relatou que o relacionamento entre o casal sempre foi conflituoso.
“Minha filha tinha problemas psicológicos. Ela vinha sofrendo abusos e ameaças e isso afetou ainda mais o psicológico dela. Como ela gostava muito dele, ele abusava dessa fragilidade que ela tinha [por gostar dele]”, iniciou o pai.
O pai da vítima destacou ainda que Gisele decidiu morar sozinha após não suportar mais as ameaças e agressões do então companheiro.
“Ela insistiu no relacionamento, mas chegou um momento em que ela não tinha mais condições e decidiu se afastar, pois não aguentava mais o relacionamento abusivo. Aí ela alugou um apartamento e foi morar sozinha”, contou Antônio.
Ainda segundo Antônio, os familiares não aprovavam o comportamento de Pedro e pediam para Gisele tomar cuidado. O homem declarou que Pedro chegou a ameaçá-la e agredi-la na residência onde ele e a esposa vivem.
“A gente presenciava na nossa própria residência agressões morais, psicológicas e físicas”, completou o pai da vítima.
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