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Uma jovem de 24 anos, que também estava internada na mesma unidade de saúde, morreu após ser levada para o Hospital Maternidade Terezinha de Jesus. Família alega que a vaga demorou a sair. Em nota, a Prefeitura disse que seguiu todos os protocolos. UPA do Bairro São Pedro, em Juiz de Fora
TV Integração/Reprodução
Um idoso de 78 anos morreu na quinta-feira (29) enquanto aguardava transferência médica na UPA do Bairro São Pedro, na Cidade Alta, em Juiz de Fora.
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Segundo Mirelle Alves da Silva, filha de João Batista Vieira da Silva, o paciente estava na unidade de saúde desde o último domingo (25) após passar mal e ser socorrido pelo Samu. O idoso tinha hemorragia e aguardava transferência para realizar uma endoscopia e uma colonoscopia.
Mirelle Alves da Silva segura a certidão de óbito do pai
Reprodução/TV Integração
Em entrevista à TV Integração, Mirelle Alves disse que os médicos não sabiam se o sangramento estava localizado no intestino ou no estômago, por isso a necessidade dos exames.
“Meu pai morreu por falta de ajuda. Meu pai morreu por falta de ajuda, de vaga”.
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora disse que seguiu todos os protocolos e que a Secretaria de Saúde realizou todas as medidas necessárias para a transferência do paciente. Veja no fim da reportagem o posicionamento na íntegra.
Jovem em estado grave também teve longa espera
Dalila Paiva de Souza morreu aos 24 anos em Juiz de Fora
Arquivo Pessoal
A família de Dalila Paiva de Souza, de 24 anos, também reclama do mesmo problema. A jovem foi internada na UPA São Pedro na terça-feira (27) com quadro grave de dengue, e morreu após ser transferida para um hospital.
Conforme o irmão, Eduardo Souza, o quadro se agravou devido à baixa contagem de plaquetas, associada à anemia falciforme, condição que ela já enfrentava. O caso dela exigia uma transfusão de sangue, um procedimento que não é realizado na UPA, por isso Dalila precisava ser transferida para outro hospital.
“Além disso, ela ficou internada em uma cadeira. Só quando seu quadro evoluiu para CTI, na terça-feira, é que a colocaram em uma cama”, contou o irmão.
“Mesmo sendo um caso de risco, a vaga só saiu na noite de quarta-feira. Foi uma espera longa para alguém em estado crítico. Quando chegou ao Hospital Maternidade Santa Terezinha, os médicos disseram que ela já estava muito grave. Tentaram duas transfusões de sangue, mas nada foi suficiente para salvá-la”, lamentou Eduardo.
Dalila não resistiu e morreu na manhã de quinta-feira (29), no Hospital Maternidade Santa Terezinha.
Sobre o caso, a Prefeitura de Juiz de Fora afirmou que a Secretaria de Saúde não mediu esforços para a transferência, que foi realizada em menos de 24 horas.
Nota da Prefeitura na íntegra
“A Prefeitura de Juiz de Fora manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de dois pacientes que receberam atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região de São Pedro. No caso do homem, o atendimento seguiu os protocolos clínico-assistenciais vigentes, com atuação da equipe multiprofissional na estabilização e monitoramento do quadro desde o primeiro momento. A Secretaria de Saúde realizou todas as tratativas para regulação e transferência do paciente, conforme os fluxos estabelecidos na rede de urgência e emergência. No segundo caso, de uma mulher, a equipe multidisciplinar da UPA se dedicou totalmente ao quadro clínico da paciente, garantindo acolhimento integral, suporte constante e todos os atendimentos necessários para manter sua estabilidade. A Secretaria de Saúde reforça que não mediu esforços na busca ativa por vagas para a transferência, que foi realizada em menos de 24h da internação, na noite da última quarta-feira (28), tendo como destino o HMTJ. A paciente foi a óbito às 6h31 da manhã de quinta-feira (29), nesta instituição. Neste momento de dor, a Prefeitura se solidariza com familiares e amigos, desejando força e conforto a todos”.
Idoso morre antes de conseguir transferência em Juiz de Fora; Prefeitura alega sobrecarga
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