Análise da proposta ocorrerá em primeira discussão em sessão do dia 23 de junho, às 19h, no Legislativo. Câmara Municipal de Piracicaba
Rubens Cardia/ Câmara Municipal de Piracicaba
A Câmara de Piracicaba vota um projeto de lei (PL) que cria uma campanha contra o “wollying”, termo que se refere a prática de violência psicológica entre mulheres, na cidade.
A análise da proposta ocorrerá em primeira discussão em sessão do dia 23 de junho, às 19h, no Legislativo.
Segundo o texto do projeto de lei, do vereador Thiago Ribeiro (PRD), a campanha busca o fortalecimento da saúde mental e o enfrentamento à violência psicológica e condutas de discriminação de uma mulher para outra.
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O termo “wollying”, em inglês, vem da junção das palavras “woman” (mulher) e “bullying.
Mas, o que de, de fato, engloba o conceito de “wollying”?
O texto do projeto de lei 105/2025 conceitua a violência psicológica como o maltrato psicológico a mulheres por parte de outras mulheres e quaisquer atitudes que tragam ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação e exclusão nos âmbitos social, corporativo e familiar.
Justificativa
Ainda segundo a justificativa do projeto de lei, o Wollying, embora ainda recente no vocabulário jurídico e sociológico, representa uma prática de violência cada vez mais reconhecida e estudada.
📃A campanha tem objetivo de:
promover a conscientização da palavra “wollying”
identificando direitos e deveres para desenvolver habilidades que gerem a promoção mental e o equilíbrio emocional da mulher
promover a conscientização e a união entre mulheres, principalmente no combate de práticas discriminatórias e constrangedoras entre si.
realização de palestras e debates, sobre o tema e os efeitos que provoca
instruir as mulheres sobre os efeitos que tais práticas ocasionam, como depressão, ansiedade, baixa autoestima, insônia e distúrbios mentais e alimentares.
Thiago Ribeiro aponta que o wollying é “um tipo específico de assédio moral coletivo e sistemático” que, praticado por mulheres contra outras mulheres, atinge as vítimas “em diversos contextos, incluindo ambiente de trabalho, espaços acadêmicos, organizações sociais e até mesmo círculos familiares e religiosos”, explica.
“Caracteriza-se pela repetição de comportamentos abusivos, com a finalidade de isolar, humilhar, desacreditar ou desestabilizar emocionalmente a vítima. Trata-se de uma forma de violência psicológica coletiva, que tende a se perpetuar por meio da conivência, omissão ou até incentivo por parte de estruturas institucionais ou sociais que perpetuam relações de poder desiguais e ambientes tóxicos”, esclarece o autor do projeto de lei.
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