Lindemberg consegue reduzir pena após trabalho e curso de empreendedorismo na prisão

Condenado a 39 anos de prisão por matar a ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, Lindemberg está preso em Tremembé, no interior de São Paulo. Justiça reduziu pena em 109 dias. Lindemberg Alves teve redução de pena por ter feito curso de empreendedorismo na prisão
Arquivo – Diogo Moreira/Futura Press/Agência Estado
A Justiça decidiu nesta terça-feira (11) reduzir em 109 dias a pena de Lindemberg Alves, condenado a 39 anos de prisão por matar a ex-namorada Eloá Pimentel. A decisão acontece pouco mais de um ano após o pedido da defesa.
Lindemberg cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé – conhecida por abrigar presos em casos de grande repercussão. No mesmo dia da decisão, ele deixou o presídio na 1ª saída temporária do ano e volta à prisão só na próxima semana.
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A decisão que reduz a pena de Lindemberg foi assinada pelo juiz José Loureiro Sobrinho, da comarca de São José dos Campos. Antes, o Ministério Público havia se manifestado a favor da redução da pena.
Lindemberg pediu e conseguiu a redução da pena em 109 dias. A defesa afirma que são 107 dias de redução referentes a 323 dias em que o detento trabalhou entre 2021 e 2024 na prisão – a lei prevê que presos podem reduzir um dia de pena a cada três dias trabalhados.
Além disso, Lindemberg havia pedido a redução de mais dois dias por ter feito um curso de empreendedorismo pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em 2022, também dentro da prisão.
Em nota, a advogada Marcia Renata, advogada de Lindemberg, afirma que a redução de pena segue a Lei de Execução Penal. Ela destacou que o detento trabalha e estuda desde o início do cumprimento da pena, em 2008.
“Seu comportamento na unidade prisional sempre foi classificado como bom, sem registros de faltas disciplinares. Sendo assim, é esperado que ele continue a receber novos abatimentos enquanto mantiver sua rotina de trabalho e estudo, reduzindo gradativamente o tempo de cumprimento da pena”, informou.
Eloá Pimentel e Lindemberg Alves namoraram por pouco mais de 2 anos. Ela tinha 15 e ele 22.
Reprodução/Arquivo pessoal
Caso Eloá
O crime aconteceu em 13 de outubro de 2008, em Santo André (SP). Na época, Lindemberg invadiu o apartamento onde morava Eloá e manteve ela, sua amiga Nayara Rodrigues e outros dois colegas de escola delas, reféns.
Eloá ficou cinco dias em cárcere privado, sob ameaças do namorado. Os outros reféns foram liberados, mas Nayara voltou ao local por orientação da polícia. No dia 17 de outubro de 2008, a polícia invadiu o local depois de escutar um ruído que seria de um tiro.
Antes da entrada da PM, o Lindemberg ainda conseguiu balear Nayara (que sobreviveu) e deu dois tiros em Eloá, que morreu.
Lindemberg foi preso em flagrante e, quatro anos depois, condenado a 98 anos de prisão. Em 2013, a pena dele foi reduzida para 39 anos.
Em 2021, o detento chegou a obter progressão ao regime semiaberto, mas o benefício foi revogado quatro meses depois. No fim de 2022, conseguiu progredir novamente ao semiaberto.
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