Palmas registra 670 ocorrências de roubos e furtos somente em 2025
Em Palmas, o alto número de furtos e roubos a residências tem assustado os moradores, que pedem mais policiamento. Na região central de Palmas, a moradora de uma quadra nobre, a Arse 114, antiga 110 Sul, já teve a casa furtada três vezes.
“É muito ruim, você se sente impotente, fica pensando que graças a Deus não estávamos em casa e você vê a sua casa toda revirada e começa a perceber quantas coisas levaram. É muito ruim, e você se arma como? A casa tem cachorro, alarme, sensor de movimento e câmeras em toda a casa”, comentou a servidora pública Erika Fernandes.
De janeiro a agosto deste ano, foram 645 registros de furtos a residências em Palmas. No Tocantins, foram 2.127. No caso de roubo, em que é empregada a abordagem do autor às vítimas, foram 99 no estado e 33 em Palmas. Os números são da estatística geral disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
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Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que o policiamento na Quadra 110 sul é realizado de forma contínua, com estratégias planejadas que incluem rondas e patrulhas motorizadas. Também afirmou que as ações são orientadas por dados estatísticos e informações repassadas pela comunidade, e que a população pode fazer denúncias pelo 190 (veja nota na íntegra no fim da reportagem).
Durante o ano de 2024, o estado registrou 183 roubos a residências e Palmas 75 casos. Quanto aos furtos, foram 3.548 no Tocantins e 973 somente na capital. Os dados foram analisados no site da Estatística da SSP nesta segunda-feira (1º).
Na mesma quadra de Érica, a entrada possui um aviso de monitoramento 24 horas. Os moradores investem em segurança, além das câmeras, e pagam também vigilantes para afastarem os criminosos. Mas essas medidas não estão sendo suficientes.
“Quase todos os dias é colocado ‘tentaram entrar na minha casa, tentaram arrombar o portão’. E às vezes assalto efetivo. Teve gente que já mudou dessa quadra porque foram feitos até de refém. O serviço a gente tem que pagar para ter segurança. Então não tem porque a pessoa pagar imposto”, afirmou uma moradora que não quis se identificar.
O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), segundo os moradores, é alto. Mas sem o retorno que todos esperavam, principalmente com relação à segurança. A praça da quadra, por exemplo, uma das maiores da capital, já foi mais bem cuidada, relatam os moradores.
O receio dos assaltos levou a Erika a mudar a a rotina, já que ninguém tem coragem de ficar na praça quando anoitece.
“Eu já sou uma senhora, não tenho tanta mobilidade, então eu prefiro só fazer a caminhada se eu conseguir sair até as 19h30. Porque é mais ou menos uma hora de caminhada, e deu 20h30 já não é mais aconselhável sair, ainda que tenha o pessoal da vigilância da quadra”, alertou a moradora.
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Íntegra da nota da PM
A Polícia Militar do Tocantins informa que o policiamento na quadra 110 Sul é realizado de forma contínua, com estratégias planejadas que incluem rondas e patrulhas motorizadas, visando ampliar a cobertura da área e assegurar a ordem pública.
As ações são orientadas por dados estatísticos e informações repassadas pela comunidade, fundamentais para direcionar o reforço nos pontos e horários de maior necessidade.
A população pode colaborar registrando ocorrências e acionando o telefone 190, para que as informações subsidiem o planejamento das operações policiais.
Criminosos invadem casas mesmo com monitoramento particular, segundo moradores
Reprodução/TV Anhanguera
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