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Morango do amor: busca pelo doce faz produtores do PR terem fila de espera de duas semanas
O doce “morango do amor”, que viralizou nas redes sociais nas últimas semanas, impulsionou a procura pelo principal ingrediente da receita. No distrito Espírito Santo, em Londrina, no norte do Paraná, um grupo de produtores rurais de morangos está com fila de espera de três semanas. Assista à entrevista acima.
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Ao g1, Fernando Borges Trindade, Vinícius Ávila Santin e Rodrigo Laforé Domene explicaram que a demanda era regular nas outras épocas em que a “febre” do doce não existia: clientes aguardavam somente o tempo de colheita e entrega – aproximadamente quatro dias.
“Nessa época do ano passado, a gente não tinha essa espera de duas semanas, a gente atendia na semana mesmo”, lembra Rodrigo.
Fila de espera para compra de morango é de duas semanas, em produção no Paraná.
RPC Londrina/Dom Morangos
Agora, mesmo com os 4.500 m² de produção para 15 mil mudas da variedade Camino Real, são necessários dois dias somente para responder a quantidade de mensagens que estão chegando.
“Quando chegam novos clientes, a gente coloca no fim da fila, porque já tem essa essa fidelização com o cliente. Porém com essa febre do morango do amor, daí deslanchou. Virou uma coisa quase que incontrolável”, revela Fernando.
Isso também acontece porque, apesar da alta demanda, os produtores não puderam alterar o processo de colheita. O grupo detalha que precisa esperar até que o morango esteja completamente vermelho para retirá-lo do pé, porque é o que garante o sabor doce. Por isso, agradecem a paciência dos compradores que estão na fila.
Segundo os produtores, a colheita chegará no pico entre agosto e outubro, com mudas podendo produzir até um quilo do fruto. Mas mesmo “fora de hora”, o doce que cobre o morango com brigadeiro branco e calda de açúcar tem gerado bons frutos para o negócio.
“O ano passado a gente não teve frio, foi muito calor. E esse ano o clima tá propício [para cultivo], somando com a febre do morango do amor”, explica Rodrigo.
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De onde vem o que eu como: morango
Procura no Paraná
Jaboti, Japira, Pinhalão e Tomazina produzem morango no Norte Pioneiro do Paraná. O cultivo rendeu, em 2022, um selo de Indicação Geográfica (IG) concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Waldemar Siqueira, secretário municipal de Agricultura de Jaboti, conhecida como “capital paranaense do morango”, conta que a demanda pelo pseudofruto aumentou. Além do doce, as festas juninas da região também alavancaram a busca.
“O que sentimos é uma maior procura por novos clientes compradores que tínhamos ano passado”, disse.
Morango produzido no Norte Pioneiro do Paraná tem selo de Indicação Geográfica.
Waldemar Siqueira
O secretário explicou que a colheita na cidade está atrasada devido à seca que a região enfrentou em janeiro e fevereiro – meses em que o plantio normalmente começa. Com a demanda alta e pouca oferta, o preço está acima da média.
A expectativa de Siqueira, que tem experiência de 15 anos na cultura de morangos, é que as cerca de cinco milhões de mudas plantadas na região gerem, cada uma, um quilo do fruto durante a colheita ao longo dos próximos meses.
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