Estudantes de Rondônia tinham acréscimo de 18% na nota final do Enem para facilitar a entrada na Universidade. Bonificação foi excluída após decisão do Supremo Tribunal Federal, diz Unir. Universidade Federal de Rondônia, Unir
Jaíne Quele Cruz/g1
A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) foi processada na segunda-feira (16) pelo Ministério Público Federal (MPF) por deixar de aplicar a bonificação regional para alunos rondonienses. Estudantes do estado tinham um acréscimo de 18% na nota final do Enem para ingresso no ensino superior.
Segundo o MPF, a UNIR justificou a exclusão do benefício alegando que estava seguindo as decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que consideraram inconstitucional o bônus regional. No entanto, o MPF argumenta que essa decisão se aplica a outros casos e não a essa situação específica.
A ação civil revela que, antes da bonificação, 70% dos alunos de Medicina da UNIR eram de outros estados. Em 2024, quando o bônus estadual foi utilizado na seleção, houve um aumento significativo no número de alunos residentes em Rondônia matriculados no curso de Medicina, em comparação com outros anos.
O MPF solicita a retomada do acréscimo, argumentando que a exclusão prejudica os estudantes de Rondônia, que já enfrentam um sistema educacional menos desenvolvido, conforme indicam índices como o Ideb e as notas médias do Enem
“A bonificação é um estímulo para quem reside em Rondônia e cursou o ensino médio nas escolas do estado”, disse a nota de divulgação do MPF.
O g1 entrou em contato com a UNIR mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem.
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