Segundo a polícia, Giulia Krystal Compan de Brito Nascimento recebia instruções de integrantes do bando para ir até as casas das vítimas, acessar seus celulares e vincular os dados ao aplicativo ‘Meu INSS’, de onde os empréstimos eram solicitados sem o conhecimento dos beneficiários. Uma mulher foi presa em flagrante nesta segunda-feira (16) em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, por envolvimento em um esquema criminoso que aplicava golpes em idosos para contratar, de forma fraudulenta, empréstimos consignados junto ao INSS.
Segundo as investigações, a quadrilha usava como pretexto o cadastramento das vítimas em programas sociais, como o “vale-gás”, para acessar dados bancários e aplicativos oficiais.
A prisão foi feita por agentes da 78ª DP (Fonseca), no momento que a suspeita tentava aplicar o golpe em um idoso em São Gonçalo. Segundo a polícia, Giulia Krystal Compan de Brito Nascimento recebia instruções de integrantes da quadrilha para ir até as casas das vítimas, acessar seus celulares e vincular os dados ao aplicativo Meu INSS, de onde os empréstimos eram solicitados sem o conhecimento dos beneficiários.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, a quadrilha atuava com um esquema bem estruturado: os criminosos recebiam previamente os dados dos aposentados e se dirigiam até suas residências com um chip de celular próprio e orientações repassadas por telefone por “gerentes” da organização. O objetivo era vincular o aparelho da vítima ao aplicativo “Meu INSS”, abrir uma conta digital e solicitar empréstimos consignados em nome do beneficiário, sem que ele soubesse.
Durante o depoimento, Giulia afirmou ter sido recrutada por uma amiga moradora de Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, e disse que aceitou participar do “trabalho errado” em troca de comissões proporcionais aos valores obtidos nas fraudes.
A investigada também confessou uma tentativa anterior de golpe contra outro idoso, desta vez em Niterói, que não teve sucesso. Com as informações fornecidas por ela, os agentes localizaram um imóvel usado como base de operações pela quadrilha em Senador Camará.
O local, no entanto, já havia sido abandonado, mas apresentava sinais de uso recente e guardava indícios da fraude, como cartões do programa Vale Gás e anotações com dados das vítimas.
Os celulares apreendidos com Giulia serão submetidos à perícia técnica para rastrear os contatos e identificar outros membros da organização. A mulher declarou espontaneamente sua intenção de colaborar com as investigações, que seguem em andamento para desarticular completamente o grupo criminoso.
Os investigados devem responder por estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e outros crimes que forem identificados no curso do inquérito.
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Polícia atua contra quadrilha enganava idosos do RJ para fazer empréstimos consignados
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