Débora Rodrigues dos Santos estava presa preventivamente e foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento nos atos antidemocráticos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Débora Rodrigues dos Santos é ré no STF por crimes como associação criminosa armada e golpe de Estado
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Presa suspeita de ter pichado com batom a estátua da Justiça no 8 de Janeiro, Débora Rodrigues dos Santos foi libertada na noite de sexta-feira (8). Ela estava presa desde março de 2023 em Rio Claro, no interior de São Paulo.
Ela responderá ao processo em liberdade, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que a concedeu prisão domiciliar. Débora, no entanto, terá que usar tornozeleira eletrônica.
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Débora estava presa preventivamente acusada de pichar a estátua da Justiça, que fica em frente ao STF, nos ataques às sedes dos Três Poderes em 2023. A cabeleireira foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento nos atos antidemocráticos e está presa desde março de 2023.
“A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informa que a pessoa citada foi colocada em prisão domiciliar ontem (28), às 20h, após a direção do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro dar cumprimento ao Alvará expedido pelo Supremo Tribunal Federal”, informou a SAP de São Paulo.
Mulher que pichou estátua da Justiça no 8 de janeiro pede perdão
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes aponta que Débora já cumpriu quase 25% exigidos de uma possível pena.
A defesa de Débora pediu ao Supremo que coloque a cabeleireira em liberdade. Consultada, a PGR opinou contra a soltura, mas sugeriu a prisão domiciliar até que o STF termine de analisar a denúncia.
Os argumentos da PGR pela prisão domiciliar são:
o fato de Débora ter filhos menores de 12 anos;
o encerramento das investigações da Polícia Federal sobre o caso.
Em depoimento à Justiça, já como ré, Débora classificou o próprio gesto como “ilegal”, disse que “feriu” o Estado Democrático de Direito e pediu perdão (veja mais acima).
Moraes substituiu a prisão preventiva de Débora pelas seguintes medidas cautelares:
uso de tornozeleira eletrônica;
proibição de usar redes sociais;
proibição de se comunicar com os demais envolvidos dos crimes, por qualquer meio;
proibição de dar entrevistas sem autorização do Supremo;
proibição de visitas, exceto de seus advogados.
A cabeleireira é acusada pela Procuradoria-Geral da República de ter aderido ao movimento golpista para impedir a posse do presidente eleito, Lula (PT).
‘Débora do batom’ candidata em 2026
O Partido Liberal (PL) já está cogitando o lançamento da candidatura de Débora Rodrigues dos Santos a parlamentar, conforme noticiado pelo blog do Octavio Guedes.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcanti (AL), confirmou que esta é uma possibilidade “muito forte”. Na opinião do parlamentar, Débora pode simbolizar o que ele considera a “luta por liberdade de expressão”: “Com certeza, cogitamos isso”.
A situação pode mudar até 2026, caso a mulher seja condenada no Supremo Tribunal Federa (STF) pelo 8 de Janeiro. Isso porque existe a possibilidade de ela ficar impedida de concorrer nas eleições por conta da lei da ficha limpa.
Moraes concede prisão domiciliar para mulher que pichou estátua da Justiça no 8 de janeiro