Francisco Koch esteve na praia onde cachorros foram enterrados. Polícia Civil investiga crimes. Cachorros são encontrados mutilados e enterrados em praia da Grande Florianópolis
A cena de crueldade envolvendo os cachorros que foram encontrados mutilados e enterrados em uma praia de São José, na Grande Florianópolis, chocou o protetor de animais que recebeu a denúncia inicial sobre o caso. “Nunca vi nada nem parecido. Nem quero ver”, resumiu Francisco Koch, que atua na causa animal há 31 anos.
Os corpos de pelo menos quatro cães foram decapitados e tiveram as patas cortadas. Além disso, foram enterrados na areia da Ponta de Baixo. A Polícia Civil investiga os crimes.
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Francisco contou que recebeu a denúncia em 13 de março. No dia seguinte, esteve no local e viu a situação ao vivo. Depois, fez um boletim de ocorrência e um vídeo (assista no início da reportagem).
Outra situação chocante para ele foi que os criminosos voltaram. “Eu achei que eles não iam mais colocar corpo ali, mudar de lugar. E deu 10 dias eles desovaram mais um animal ali na mesma praia”, lamentou.
“É como se fosse uma coisa mesmo para ser vista, sabe? Essa é a parte mais assustadora. Porque eles não estão nem aí. Eles colocaram, continuaram mesmo tendo toda a exposição. Eu não duvido que eles continuem”, continuou.
Investigação
Os corpos dos cães foram enviados para perícia e a Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos. A delegada Sandra Mara, responsável pela investigação, afirmou que há dois suspeitos. Um deles deve ser ouvido na próxima semana.
O boletim de ocorrência foi feito em 2 de abril, mas a situação foi detectada ainda em março. Pelas primeiras informações da investigação, houve episódios do crime nas madrugadas de 12 de março e 1º de abril. Um inquérito policial foi aberto.
A investigação analisou câmeras de segurança e buscou testemunhas. Um veículo que teria sido utilizado nos crimes foi identificado.
A delegada informou que os suspeitos são investigados por abuso, maus-tratos e mutilação de animais domésticos, crimes previstos no artigo 32 da lei número 9.605/1998. Esse artigo prevê, no § 1º-A, um aumento de pena pelo fato dos animais serem cães.
Corpo de cachorro enterrado na areia de praia em São José, na Grande Florianópolis
Reprodução/Francisco Koch
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