Operação prende traficantes do PCC que importavam armas da Turquia e movimentaram R$ 20 milhões em dois anos
Segundo investigação, facção criminosa enviava drogas e armas para vários estados. Contas de laranjas foram bloqueadas e 17 mandados de prisão estão sendo cumpridos pela Polícia Civil. Policia cumpre mandados contra grupo suspeito de movimentar R$20 milhões
A Polícia Civil cumpre 17 mandados de prisão contra traficantes do PCC que atuam no Tocantins e em outros cinco estados, nesta terça-feira (4). O grupo é suspeito de usar armas trazidas da Turquia para cometer assassinatos em Palmas e também de lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, o grupo teria movimentado R$ 20 milhões nos últimos dois anos.
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A operação ocorre de forma simultânea em Palmas, Araguaína, Paraíso e Porto Nacional e nas cidades de Praia Grande (SP) e Barueri (SP). 15 pessoas foram presas, segundo a polícia, sendo dez no Tocantins e cinco no estado de São Paulo. Outros dois suspeitos estão foragidos.
Foram apreendidos aparelhos celulares, máquinas de cartões, cartões bancários, cadernos com anotações do tráfico, e mais de R$ 16 mil em dinheiro. A ação também tem 20 ordens de bloqueio de contas bancárias.
Conforme apurado pela investigação, o grupo criminoso também atua nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte, mas os líderes da facção têm sede em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa enviava armas para esses estados, alimentando guerras entre facções rivais.
As investigações apontaram que diversas pistolas de origem turca apreendidas em Palmas foram trazidas pela organização. As armas seriam as mesmas que foram usadas por facções em vários homicídios registrados na capital no primeiro semestre de 2023.
Dinheiro apreendido durante operação da Polícia Civil contra o PCC no Tocantins
A operação foi nomeada de ‘Asfixia’ e é conduzida pela Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc- Palmas). O objetivo principal da ação é enfraquecer os ganhos financeiros da organização, segundo o delegado Alexander Costa.
“Nos últimos dois anos foi identificada uma movimentação financeira de R$ 20 milhões. Ao bloquear as contas dos principais laranjas, vamos interromper o fluxo financeiro decorrente da lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas dessa célula que é vinculada à uma facção paulista com atuação em vários estados da federação”, disse.
Suspeito de participar de organização crimonosa é preso pela polícia na Operação Asfixia
Divulgação/PCTO
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A polícia descobriu também a existência de uma espécie de consórcio de traficantes locais em várias cidades destes estados. Eles compravam drogas de forma coletiva diretamente dos líderes da facção paulista.
Operação Asfixia investiga suspeitos de tráfico ligados ao PCC
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