
Levantamento da Secretaria de Planejamento (Seplan) foi feito em quatro supermercados da capital de Roraima e verificou o preço dos itens tradicionais da ceia de natal, entre eles o peru, frango chester, chocotone e frutas cristalizadas. Peru de natal é um item tradicional na ceia de natal
Caíque Rodrigues/g1 RR
🦃 O peru é um item tradicional para a ceia de Natal. Em Boa Vista, a ave de 4 kg custa em média R$ 124,80 para as famílias roraimenses. Com o quilo custando R$ 31,21 na segunda semana de dezembro, o item registra preços menores que o frango chester. O levantamento é da Secretaria de Planejamento (Seplan), órgão do governo estadual.
Acesse a pesquisa na integra
🐔 De acordo com a pesquisa, o tradicional frango chester, presença frequente nas ceias de Natal, custa em média R$ 128,64 para uma peça de 4 kg, com preços mais elevados registrados nos supermercados da capital.
A pesquisa da Cesta de Natal, divulgada pela Seplan, trouxe dados sobre 48 itens das principais redes de supermercados da cidade. Entre as proteínas, o preço do peru — um dos ícones da ceia — chamou atenção ao registrar queda, mas ainda carrega variações significativas entre mercados.
🥧 A Seplan começou a monitorar o custo mensal da cesta básica em outubro desta ano e, agora, publica pela primeira vez a pesquisa de preço da Cesta de Natal feita em 10 mercados na capital que representam as principais redes de supermercados atacadistas e varejistas da cidade.
A pesquisa também levantou os preços de outras proteínas típicas da ceia de Natal, e o bacalhau se destacou como o item mais caro. Em média, 4 kg da iguaria custam R$ 617,72 em Boa Vista. Além disso, o bacalhau apresentou a maior variação de preços entre os mercados: o quilo mais caro foi registrado a R$ 219,90, enquanto o mais barato saiu por R$ 75,90 – uma variação percentual de 189,7%. Veja na tabela abaixo:
Preços médio das proteínas na segunda semana de dezembro de 2024
🦃🐔 Oferta influencia nos preços
Levantamento do g1 foi feito com base na lista de produtos usada pelo Dieese
Caíque Rodrigues/g1 RR
Para o secretário-adjunto de Planejamento, Fábio Martinez, a oferta e a procura influencia nas variações de preços das proteínas típicas do Natal. Ele destaca que isso pode ser observado em Roraima e também no país inteiro.
A variação de preços entre os mercados é influenciada pela oferta e demanda, explica ele. Por isso, produtos de maior valor, como o chester, apresentam essas flutuações nos preços.
“Dependendo do local, é possível encontrar preços mais baixos, mesmo para produtos tradicionalmente caros, devido à oferta e à demanda. No caso do peru, os comerciantes podem ter adquirido um estoque maior, o que impacta no preço. Embora não seja possível determinar com precisão os fatores que tornam o peru mais barato que o chester, sabemos que a variação de preço está muito ligada ao estoque e à oferta do produto”, explicou o Fábio ao g1.
Ele conclui que existe uma grande diferença nos preços de produtos, por isso vale a pena realizar uma pesquisa e comparar os preços em diferentes estabelecimentos comerciais.
“A pesquisa foi realizada nas duas primeiras semanas de dezembro e já observamos mudanças nos preços de uma semana para a outra”.
“A tendência é que os preços aumentem, pois, com a escassez de produtos e o aumento da procura, espera-se que os preços continuem subindo, especialmente neste fim de ano”, finaliza.
🫕🍩 Outros itens da cesta de Natal
Chocotone e panetone também são alimentos tradicionais no natal
Caíque Rodrigues/g1 RR
A pesquisa também levantou o preço de outros alimentos típicos no Natal em Roraima. Em dezembro, os preços dos alimentos pesquisados apresentaram variações significativas nas duas primeiras semanas do mês. Metade dos itens teve aumento, enquanto a outra metade teve redução.
Entre os produtos que mais subiram de preço, destacam-se o panetone de frutas cristalizadas (8,3%), o milho verde (4,7%) e o panetone de chocolate (4,6%). Já os itens que apresentaram queda foram a azeitona verde (-10,8%), a batata inglesa (-7,9%) e a lentilha (-6%).
A pesquisa também analisou os preços de diferentes mercados e marcas, com dados da segunda semana de dezembro, mais próximos dos valores atuais. Veja na tabela abaixo:
Preços médio, máximo e mínimo dos produtos alimentícios na segunda semana de dezembro de 2024
Em dezembro, os preços dos frios apresentaram variações distintas nas duas primeiras semanas do mês. O queijo teve um aumento de 3,1%, enquanto o presunto e o salame registraram quedas de -3,4% e -0,7%, respectivamente.
Na segunda semana de dezembro, os dados indicam grandes variações de preços entre os mercados, especialmente no caso do salame, com uma diferença de R$ 72,60 entre o preço máximo e o mínimo.
O presunto teve a maior variação percentual (181,4%), enquanto o queijo teve a menor (40%). O salame, apesar de ter a maior diferença absoluta de preço, com mais de R$ 70, teve uma variação percentual de 96,9% entre os mercados pesquisados.
Preços médio, máximo e mínimo dos frios na segunda semana de dezembro de 2024
Outros produtos também foram pesquisados pelo estudo entre a variação de preços das frutas e de bebidas. O resultado da pesquisa está disponível no site da Seplan.
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