Equipe da estatal visitou nesta quarta-feira (29) a construção do Centro de Despetrolização e Reabilitação de Fauna, em Oiapoque. Medida é uma das exigências do Ibama para autorização de pesquisa no litoral amapaense. Apresentação da estrutura de pronta resposta para a costa do Amapá
Maksuel Martins/GEA
Representantes da Petrobras apresentaram nesta quarta-feira (29) ao governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), o plano de pronta resposta para eventuais acidentes durante a pesquisa de petróleo na costa do Amapá. A medida é uma das exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o licenciamento da área.
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Após a apresentação, a comitiva seguiu para o município de Oiapoque, no extremo Norte do estado, onde ocorreu uma visita às obras do Centro de Despetrolização e Reabilitação de Fauna (Veja no vídeo abaixo).
Equipe da Petrobras visita obras do Centro de Despetrolização e Reabilitação de Fauna
A Petrobras informou que terá uma sonda, 12 embarcações e três helicópteros. Além de um Centro de Defesa Ambiental, a estatal disse que contará também com o novo Centro de Despetrolização e Reabilitação de Fauna de Oiapoque, além de um segundo já em operação em Belém (PA).
As duas bases de acolhimento à fauna são as últimas condições para obter a licença de exploração na região.
Funcionamento dos centros
Estrutura de pronta resposta para a costa do Amapá
Maksuel Martins/GEA
Apenas no sentido fluvial, a Petrobras informou que serão seis embarcações de resposta à fauna, com veterinários e profissionais de prontidão. O resgate atenderá qualquer animal, independentemente da atividade em curso.
Outras seis embarcações, equipadas para contenção e recolhimento de óleo, atuarão em esquema de carrossel, sempre duas ao lado da sonda. A estrutura também incluirá um porto em Belém e um aeródromo em Oiapoque.
“É uma estrutura que vamos usar só em casos necessários. A Petrobras conduz o projeto com total segurança, sem riscos adicionais. Apresentamos todos os estudos e equipamentos necessários para garantir a proteção ambiental. Nossa equipe conhece bem a área, realizando incursões constantes”, descreveu Gustavo Limp, gerente-geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras.
Parecer da AGU abre caminho para avançar na exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas
Pedido negado
Em outubro de 2024, o Ibama indeferiu pedido da Petrobras para exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas (na Margem Equatorial) e requereu mais informações à empresa sobre os planos para o local.
No planejamento estratégico, a companhia prevê investimento de US$ 3,1 bilhões para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial – área que se estende pela costa do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte – até 2028.
Um dos focos é na Bacia Foz do Amazonas, onde a estatal possui projeto para perfuração de poço a cerca de 170 km da costa do Amapá e a 2.880 metros de profundidade.
Para avançar, o empreendimento precisa da concessão de licença para Avaliação Pré-Operacional (APO), que ainda está em análise pelo Ibama, considerando os indicadores de biodiversidade, magnitude dos impactos, persistência dos impactos e comprometimento da área prioritária.
Infográfico mostra o local em que a Petrobras quer explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas
Arte/g1
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