Família denunciou caso após tentar a transferência do corpo de José Ismael Carias, morto em 2022, pela Covid-19, e administração do Cemitério da Saudade não saber do paradeiro dos restos mortais. Prefeitura instaurou sindicância. Família de Sumaré denuncia desaparecimento de restos mortais de pai sepultado em 2022
A Polícia Civil de Sumaré (SP) investiga o desaparecimento do corpo de um homem que morreu de Covid-19 e que estava sepultado em um jazigo temporário no Cemitério da Saudade desde 2022. Isso porque ao tentar a transferência para um novo túmulo, a família não localizou os restos mortais de José Ismael Carias.
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“De repente a gente vem aqui e recebe essa notícia, que tiraram os restos mortais. Ninguém sabe onde está. O jazigo está pronto sem ter ninguém para por. Onde enfiaram os restos do meu marido? O cemitério tem que se responsabilizar”, afirma Maria Margareth Gomes Carias.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que o caso foi registrado como destruição, subtração ou ocultação de cadáver no 1º DP de Sumaré. A prefeitura informou que abriu uma sindicância interna “para apuração rigorosa dos fatos”.
O caso
José Carias morreu em fevereiro de 2022, e a família sem possui um local próprio para o sepultamento, utilizou o local cedido pela prefeitura. Por conta de questões sanitárias, a remoção só poderia ocorrer após três anos.
“Na época a gente foi pega de surpresa, foi tudo muito rápido, e ele foi enterrado no terreno provisório”, recorda a filha, Cátia Cristina Gomes Henrique.
Após adquirirem um túmulo para a transferência dos restos mortais, um ano e meio depois, a família aguardou o prazo estabelecido, mas descobriu que a administração não tinha informações sobre o paradeiro do corpo de José Ismael.
O jazigo temporário, inclusive, já tinha outra pessoa sepultada.
Filha e mulher no túmulo que fizeram para José Isamel Carias, mas cemitério de Sumaré (SP) não sabe informar onde estão os restos mortais dele
Reprodução/EPTV
Sem registro
A Prefeitura de Sumaré alegou que os fatos ocorreram na administração anterior e que não consta, até o momento, qualquer trâmite relacionado ao procedimento de remoção ou transferência dos restos mortais.
O Executivo destaca que a sindicância “irá esclarecer responsabilidades e eventuais falhas ocorridas na condução do processo na época, especialmente quanto aos procedimentos adotados durante o período da pandemia de Covid-19”.
“Reforçamos que, tão logo tomamos conhecimento da situação, as equipes da Administração Municipal, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, estão empenhadas em prestar total apoio à família, além de buscar respostas claras e soluções adequadas para o caso”, completa a nota.
José Ismael Carias, de 67 anos, morreu vítima de Covid-19 em 2022, e acabou sepultado em túmulo provisório em Sumaré (SP); família tentou transferir restos para outro túmulo, mas cemitério não sabe onde está o corpo
Reprodução/EPTV
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