Operação cumpriu mandados de busca em cidades da região metropolitana da capital na manhã desta quarta-feira (25) e envolveu mais de 200 policiais civis. Operação cumpre 53 mandados no RN e bloqueia mais de R$ 150 milhões de investigados
Uma operação deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (25) em Natal e outras seis cidades potiguares cumpriu 53 mandados de busca e apreensão e resultou no bloqueio e sequestro de valores que ultrapassam R$ 150 milhões.
O objetivo da “Operação Amicis” é desarticular uma associação criminosa envolvida em fraudes e lavagem de dinheiro, segundo a corporação.
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Os mandados judiciais foram cumpridos em condomínios, empresas, escritórios de contabilidade, estabelecimentos comerciais e até um clube de futebol.
Um dos mandados foi cumprido em uma loja de suplementos que fica localizada em uma academia no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal. A academia informou que mandados foram contra um lojista e um personal trainer externo, ou seja, sem vínculo direto com o estabelecimento.
A polícia investiga uma organização criminosa composta por empresários e contadores suspeitos de envolvimento em fraudes contra instituições financeiras do estado. Eles são suspeitos de fraude bancária, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e adulteração de veículos no estado.
Policiais cumprem mandado de busca em loja localizada dentro de academia na Zona Sul de Natal
Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
A investigação apontou ainda que alguns dos alvos atuam como influenciadores digitais, utilizados como laranjas para ocultação patrimonial e movimentação de recursos ilícitos.
A justiça ainda autorizou a imposição de 204 medidas cautelares incluindo a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica por cinco investigados.
A ação contou com o apoio de quase 200 policiais civis, além de integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do RN, da Polícia Militar, entre outros órgãos.
Em nota, a Polícia Civil do RN informou que não poderá divulgar detalhes nem conceder entrevistas sobre a operação devido a uma decisão judicial da 11ª Vara Criminal de Natal.
“A decisão judicial vai de encontro ao interesse público e à transparência que sempre pautaram a atuação policial, especialmente em ações de grande vulto e impacto social, como a operação em curso. Acreditamos na importância da comunicação clara, responsável e acessível sobre suas ações, sobretudo quando envolvem o combate a crimes complexos e de alta repercussão”, disse a corporação na nota.
Segundo a corporação, o nome da operação tem origem no latim e significa “amigos”, em referência ao vínculo de confiança e proximidade entre os integrantes da organização criminosa investigada.
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