Segundo delegado, veículo pertence a Marlon Couto, principal suspeito de participação no assassinato de Nelson Carreira Filho. Três pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no crime. Caminhonete utilizada para transportar corpo de Nelson Carreira Filho é encontrada em Cravinhos, SP
Samuel Santos/CBN Ribeirão
A Polícia Civil de Cravinhos (SP) encontrou, na manhã desta terça-feira (17), a caminhonete utilizada por suspeitos de matar o empresário Nelson Carreira Filho e transportar o corpo dele até Miguelópolis (SP), onde foi desovado no Rio Grande.
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À CBN Ribeirão, o delegado Heitor Moreira de Assis, que investiga o caso, disse que o veículo estava abandonado em uma rua movimentada do bairro Jardim Alvorada e foi identificado após uma denúncia anônima.
“Esse veículo estava aqui na cidade de Cravinhos, dentro da cidade mesmo. Através de denúncias de populares, que informaram o local que poderia ter um veículo abandonado, nós fomos lá e constatamos que é o veículo que teria sido utilizado para levar o corpo da vítima Nelson de Cravinhos até Miguelópolis”.
O empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP
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Até o momento, três pessoas foram presas por envolvimento na morte de Nelson e o principal suspeito, Marlon Couto, está foragido. A polícia ainda investiga a participação de uma quinta pessoa no caso.
“A polícia não descarta a participação de um quinto elemento, até porque essa pessoa que dispensou o veículo no local, não foi ainda identificada. Pode ser um dos já presos? Pode ser. Mas também pode ser de um quinto elemento ainda não identificado e as investigações caminham para isso, para identificar quem é essa pessoa que abandonou o veículo”, informou Assis.
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De acordo com o delegado, o veículo encontrado nesta terça-feira era de propriedade de Marlon e era utilizado por ele e pelos funcionários dele. A polícia suspeita que ele estava abandonado no local há, pelo menos, dez dias.
“O carro possivelmente estava no local desde 3 de junho e foi abandonado por uma pessoa que a gente está investigando para ver quem é essa pessoa. A gente busca identificar quem é essa pessoa e para identificar essa pessoa, a gente já fez perícia no local com digitais e agora a gente vai fazer uma nova perícia para achar vestígios de sangue no veículo”.
O caso
Nelson Carreira Filho, de 43 anos, que morava em São Paulo (SP), desapareceu no dia 16 de maio após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos (SP). Até o momento, três pessoas estão presas temporariamente por envolvimento no caso. O principal suspeito, Marlon Couto, está foragido.
A Polícia Civil acredita que Nelson tenha sido morto por desavenças comerciais. Ele teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produtos para emagrecer que tinha patenteado e cobrava R$ 100 mil do parceiro.
Empresa onde o empresário Nelson Francisco Carreira Filho esteve em Cravinhos, SP
Reprodução/EPTV
Tadeu Almeida Silva, gerente da fábrica de suplementos de Marlon, se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson. Ele é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio.
Segundo o delegado Heitor Moreira, responsável pela investigação, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
O carro do empresário Nelson Francisco Carreira Filho foi achado na zona Norte de São Paulo, SP
Divulgação
À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Marcela Silva de Almeida, mulher de Marlon, se entregou no dia 4 de junho. As investigações apontam que ela foi com o marido para São Paulo, no dia seguinte ao desaparecimento, prestar apoio à família de Nelson.
Felipe Miranda, apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar o corpo da vítima no rio, foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho.
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