Com o apoio da PM, equipes cumpriram 3 mandados de busca e apreensão. Operação ‘Calliphora’ busca desarticular organização criminosa suspeita de desvio de recursos. Gaeco realiza operação em Pirassununga para combater desvios de dinheiro público
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão em Pirassununga (SP) nesta quinta-feira (12) em mais uma fase da Operação ‘Calliphora’.
Com o apoio do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Baep), foram cumpridos mandados na casa do prefeito de Pirassununga (SP), José Carlos Mantovani (União), no prédio da administração municipal e na casa do ex-secretário de Governo Luiz Carlos Montagneiro Filho.
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O objetivo da operação é desarticular organização criminosa suspeita de desvio de recursos em contratos do Poder Executivo, investigando crimes de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
O chefe de gabinete da prefeitura, Vanderlei Facca, disse à reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, que as equipes vistoriaram documentos, arquivos pastas, mas não teriam levado nada.
Na terça-feira (10), o Gaeco também realizou operações nas prefeituras de Gavião Peixoto e Nova Europa.
Investigação em Pirassununga
Operação do Gaeco e da PM esteve em casa do prefeito José Carlos Mantovani (União), em Pirassununga
PM/Divulgação
A polícia informou que apreendeu um aparelho celular e diversos documentos, localizados na casa do ex-secretário de Governo. Segundo o capitão da PM Hamilton César Domingues, no total foram cumpridos três mandados na cidade.
“Essa operação ela visa desarticular uma organização criminosa aqui no município envolvendo a prefeitura Essa organização teria desviado recursos públicos em licitações de lixo e de poda de árvore, bem como aí cometido crime de corrupção ativa e corrupção passiva”, explicou.
De acordo com o chefe de Governo, o prefeito passou uma cirurgia na boca no dentista e já estava previsto que ele não trabalharia nesta quinta-feira. A reportagem da EPTV também não conseguiu contato com Montagneiro Filho.
Ainda de acordo com Facca, o serviço da empresa investigada foi prestado na cidade até fevereiro. Desde então o serviço de limpeza e poda de árvores tem sido executado pelos servidores municipais.
Gaeco e PM fazem operação em Pirassununga
PM/Divulgação
Oito meses afastado
Após oito meses afastado da prefeitura por suspeita de fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, Mantovani voltou a assumir o cargo em agosto deste ano. Ele foi foi beneficiado por um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após a investigação ser prorrogada por mais 180 dias.
Mantovani foi alvo também de pedido de impeachment na Câmara, mas teve o processo arquivado. A mesma investigação afastou dois secretários municipais, o então superintendente do Departamento de Águas e Esgoto de Pirassununga (Saerp) e a pregoeira do setor de licitações.
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