Bruno Rafael Bezerra de Lima foi preso suspeito de matar o cabo da PM Júlio César da Silva Costa em Cubatão (SP). Ele tentou fugir para o Paraguai junto com um motorista de aplicativo, mas a dupla foi detida na Rodovia Castello Branco. Suspeito de matar cabo da PM com tiro na testa é preso
Bruno Rafael Bezerra de Lima, preso suspeito de matar o cabo da PM Júlio César da Silva Costa com um tiro na testa em Cubatão (SP), tentou fugir para o Paraguai com um motorista de aplicativo, que também foi detido. Conforme apurado pelo g1, ele era considerado foragido da Justiça por outro homicídio, este motivado por dívidas no tráfico de drogas.
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O agente de 43 anos foi baleado na Comunidade da Vila Esperança, em Cubatão (SP), na sexta-feira (23). Ele chegou a ser levado para o Pronto-Socorro da cidade, mas não resistiu e morreu no local. Júlio César deixou a esposa e um filho de 12 anos.
A PM recebeu uma denúncia anônima de que um motorista de aplicativo aceitou transportar um criminoso de São Vicente (SP) para o Paraguai por R$ 3 mil. A dupla foi detida no sábado (24), na Rodovia Castello Branco, no km 139. Com eles, os agentes apreenderam R$ 1.959,00.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), investigações apontam que o motorista já teria prestado este tipo de serviço a outros criminosos. Detalhes sobre ele não foram divulgados oficialmente.
Bruno Rafael Bezerra de Lima (à esq.), suspeito de matar o cabo Júlio César da Silva Costa (à dir.)
Redes Sociais e Reprodução
Foragido da Justiça
De acordo com a PM, havia um mandado de prisão preventiva contra Bruno Rafael em virtude de um inquérito policial de 2021, quando ele matou uma pessoa perto de um ponto de tráfico de drogas também na Vila Esperança.
De acordo com Justiça de Cubatão, Bruno Rafael participou de um assassinato junto com um comparsa. Na ocasião, a dupla teria demonstrado “indiscutível brutalidade, por motivo de dividas relacionadas ao comércio de entorpecentes”.
Conforme apurado pelo g1, o laudo necroscópico da vítima apontou escoriações na região cervical, tórax e dorso, além de hematoma cefálico subdural agudo [concentração de sangue entre o cérebro e o crânio].
Morte do PM
Imagem da viatura em que o cabo da PM foi morto com tiro na testa em Cubatão, SP
Reprodução
De acordo com o BO, uma equipe realizava um patrulhamento quando avistou um suspeito, que vestia roupas pretas e carregava uma mochila nas costas. Ao perceber a aproximação dos agentes no Beco do Manjuba, localizado na Vila Esperança, o homem teria disparado aproximadamente cinco vezes contra a viatura enquanto fugia.
Conforme relatado no documento policial, os disparos atingiram o para-brisa e o capô da viatura, além da testa do cabo, que estava sentado no banco dianteiro do passageiro.
O registro indica que Imediatamente o motorista manobrou e seguiu para o Pronto-Socorro Central de Cubatão, onde a morte de Júlio foi constatada. À Polícia Civil, os agentes garantiram que não revidaram os disparos porque providenciaram socorro imediato ao colega.
Segundo o BO, a perícia encontrou cinco munições de arma de fogo no local do crime, além de um par de chinelos e um boné. De acordo com o documento, um celular caiu durante a fuga do responsável pelos disparos e foi deixado na delegacia bloqueado com senha. Não há informações sobre quem teria entregue o aparelho aos agentes.
Local onde o cabo da PM foi baleado na testa em Cubatão (SP)
Reprodução
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