
Segundo polícia, Eunice Fernandes de Oliveira, encontrada morta e sem mãos, foi vítima da quadrilha. Crimes foram registrados em Sengés e lives eram compartilhadas com traficantes da região, investigação mostrou. Quatro pessoas foram presas, sendo uma delas adolescente.
PC-PR
Uma quadrilha, sendo um integrante adolescente, foi identificada suspeita de matar uma mulher e transmitirem o crime em “lives” enviadas a traficantes da região de Sengés, nos Campos Gerais do Paraná, segundo a Polícia Civil (PC-PR). Outra vítima conseguiu fugir e pedir ajuda.
Os três adultos foram presos na terça (11) e quarta-feira (12), em Sengés e Itararé, no estado de São Paulo. O adolescente foi apreendido na sexta-feira (7) e encaminhado a um Centro de Socioeducação.
Os nomes não foram divulgados.
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De acordo com a polícia, eles foram identificados a partir da investigação sobre a morte de Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos. Ela foi dada como desaparecida no dia 7 de janeiro e o corpo dela foi encontrado com sinais de tortura, sem as mãos, em fevereiro.
A motivação para o crime, conforme a polícia, seria um furto que ela teria praticado e por isso foi “julgada” pelos suspeitos, que também são investigados por tráfico de drogas. Abaixo, leia mais sobre esta investigação.
Um outra mulher, em dezembro de 2024, também foi levada ao mesmo local que Eunice para ser “julgada”. Ela foi agredida, torturada e quando os suspeitos acharam que ela estava morta, a abandonaram. Em seguida, ela se arrastou e conseguiu ser socorrida. Confira mais detalhes sobre este caso clicando aqui.
Os homens presos possuem histórico criminal e têm condenações por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Eles devem responder pelos crimes de organização criminosa para prática de tráfico de drogas e homicídio, tentativa de homicídio qualificado, tortura, homicídio qualificado consumado e ocultação de cadáver.
A polícia também investiga o paradeiro de uma possível terceira vítima.
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Como foi a investigação sobre a morte de Eunice
Eunice tinha 33 anos e desapareceu no dia 7 de janeiro.
PC-PR
As investigações da polícia mostraram que Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos, foi levada até um local próximo à área urbana de Sengés por volta das 23h do dia 6 de janeiro.
Os suspeitos a acusaram de furto. Enquanto a agrediram, transmitiram as torturas em “live” enviada a traficantes da região.
No dia 6 de fevereiro, um morador da região viu partes do cadáver e fez a denúncia.
O corpo dela foi encontrado em uma cova rasa, com as mãos arrancadas e queimado.
O reconhecimento foi feito por meio das peças de roupa e confronto genético.
Sobrevivente conseguiu pedir ajuda e denunciar
Poucos tempo antes da morte de Eunice, no dia 30 de dezembro, outra mulher, de 38 anos, foi acusada de traição e levada ao mesmo lugar.
Segundo a polícia, as agressões usando caibros também foram transmitidas.
Os suspeitos acharam que ela estava morta e a deixaram no local para depois ser enterrada.
Entretanto, a vítima conseguiu se arrastar até conseguir pedir ajuda.
Ela passou 15 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Ponta Grossa, com múltiplas fraturas e complicações no estado de saúde.
A polícia informou que, atualmente, a mulher tem dificuldade para se locomover
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