Queimadas caem 82% em agosto e Amazonas registra menor índice em mais de uma década, aponta INPE.
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
O Amazonas registrou uma redução de 82% no número de queimadas em agosto de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo monitoramento dos focos de calor nos biomas brasileiros.
Entre os dias 1º e 31 de agosto deste ano, foram contabilizados 1.842 focos de calor no estado. Em 2024, no mesmo intervalo, haviam sido registradas 10.328 ocorrências — o maior número até então.
Em julho, a redução havia sido ainda maior: quase 94%, a mais expressiva já registrada.
Apesar da queda em agosto, Apuí, no Sul do Amazonas, entrou para a lista das dez cidades que mais queimaram na Amazônia em 2025. O município ocupa a quarta colocação, com 476 incêndios acumulados.
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Na liderança estão Colniza (MT), com 773 focos de calor; Mirador (MA), com 628; e Lagoa da Confusão (TO), com 543.
Mesmo com a redução significativa, agosto foi, até agora, o mês com maior número de focos de calor registrados em 2025 no Amazonas. Confira o comparativo mensal:
Janeiro: 60 focos
Fevereiro: 11 focos
Março: 24 focos
Abril: 9 focos
Maio: 25 focos
Junho: 91 focos
Julho: 278 focos
Agosto: 1.842 focos
No acumulado do ano, de 1º de janeiro a 31 de agosto, também houve queda expressiva. Em 2024, o estado registrou mais de 25 mil focos de calor no período — o maior número da série histórica do Inpe. Em 2025, até o momento, foram contabilizados 2.394 focos.
Segundo o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Gustavo Picanço, os números refletem a atuação do Comitê Permanente de Enfrentamento aos Eventos Climáticos do estado.
“O Comitê acompanha de forma contínua todas as ações de monitoramento e de combate ao desmatamento e às queimadas. O governo tem dado total prioridade à preservação ambiental, garantindo resultados concretos na proteção do patrimônio natural do Estado”, afirmou.
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