Cantor foi condenado por tráfico sexual e teria recebido medicação de funcionários da prisão, de acordo com processo judicial. R. Kelly em audiência de maio de 2019
Nuccio Dinuzzo/Getty Images North America/AFP
Os advogados do cantor R. Kelly alegam que ele foi hospitalizado após uma overdose médica na prisão. Segundo documentos judiciais protocolados nesta segunda, ele teria sido levado ao hospital às pressas após desmaiar na última sexta (13), na prisão de Butner, na Carolina do Norte.
De acordo com o jornal inglês The Guardian, os documentos afirmam que Kelly estava em confinamento solitário desde o dia 10 e recebeu uma medicação que deveria tomar. No entanto, esses remédios o fizeram se sentir fraco, tonto e com visão turva.
“Kelly tentou se levantar, mas caiu no chão”, alega o processo. “Ele rastejou até a porta da cela e perdeu a consciência.”
Os advogados alegam que, uma vez hospitalizado, Kelly “tomou conhecimento de que havia recebido uma dose excessiva de seus medicamentos, o que ameaçou sua vida”.
Em 2022, R. Kelly foi sentenciado a 30 anos de prisão por chefiar durante décadas uma rede de exploração sexual de mulheres e adolescentes.
No último dia 10, segundo o Guardian, os advogados do cantor chegaram a fazer uma moção emergencial, pedindo que o cantor fosse liberado para prisão domiciliar. Eles alegaram que três funcionários haviam orquestrado um plano para matar Kelly.
A promotoria federal se opôs ao pedido, dizendo que se trata de uma “conspiração fantasiosa”.
“Kelly é um abusador de crianças prolífico. Ele não se desculpa por isso. Kelly nunca assumiu a responsabilidade por seus anos de abuso sexual de crianças e provavelmente nunca o fará (…). A moção de Kelly ridiculariza os danos sofridos pelas vítimas dele”, declararam os promotores.
Nesta segunda, os advogados de Kelly voltaram a solicitar uma licença temporária para prisão domiciliar.
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